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Concorrência entre clearings é improvável, diz Edemir Pinto

Presidente da BM&FBovespa afirmou que companhia está preparada para a eventual chegada de uma concorrente no mercado de negociação de ações no mercado a vista

Bovespa: bolsa trabalha no processo de integração de suas quatro câmaras de compensação de negócios. parte de um pacote de investimentos de R$ 1 bilhão (Paulo Fridman/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2014 às 17h09.

São Paulo - O presidente da BM&FBovespa , Edemir Pinto , afirmou hoje que a companhia está preparada para a eventual chegada de uma concorrente no mercado de negociação de ações no mercado a vista. Ele também disse que a concorrência no mercado brasileiro de pós-negociação, ou clearing, do qual a bolsa detém o monopólio, é improvável.

A Bovespa trabalha, atualmente, no processo de integração de suas quatro câmaras de compensação de negócios (clearings), parte de um pacote de investimentos de R$ 1 bilhão no período de 2009 a 2015. Segundo Edemir, a situação atual das clearings da Bovespa e o patamar a que chegarão depois da integração “elevaram muito a régua desse mercado de pós-negociação, tornando muito difícil a situação para uma empresa que quer vir e se estabelecer nesse mercado”.

Segundo o executivo, a bolsa conta com inúmeras garantias depositadas – além dos R$ 2 bilhões que a companhia tem em caixa – que protegem os investidores contra qualquer tipo de calote na compensação das negociações. “Temos um sistema de salvaguardas que estabeleceu uma régua muito alta no mercado brasileiro e não tenho dúvidas de que o regulador (a CVM) vai buscar esse tipo de régua como parâmetro para qualquer concorrente que vier ao mercado querendo montar sua própria clearing”, afirmou.

Quanto aos possíveis concorrentes no mercado à vista de negociações, Edemir afirmou que a Bovespa está preparada. “Isso já virou commoditie no mundo todo, então, a concorrência pode e vai chegar a qualquer momento”, observou. Ele destacou, contudo, que a chegada da concorrência nesse mercado não preocupa, dada a pequena participação do mercado à vista nos resultados da companhia. “Isso compõe 6,3% da nossa receita total, então, a concorrência vai chegar para disputar esse percentual.”

Mercado

Atualmente, as intenções mais contundentes de concorrência à BM&FBovespa vêm da ATS Brasil, que planeja a criação de uma bolsa para negociação à vista de ações. A empresa, que tem como sócias a brasileira Americas Trading Group (ATG) e a Nyse, Bolsa de Nova York, pretende colocar a nova bolsa em funcionamento ainda em 2014.

O projeto tem um orçamento inicial de US$ 100 milhões, dos quais um terço já foi executado. O valor não inclui a montagem da clearing. Essa estrutura será criada de forma independente pela ATG e outros três sócios. A meta é submeter o projeto ao Banco Central até o início de março. Segundo o presidente da ATS, Alan Gandelman, a empresa não está negociando com a BM&FBovespa o uso da clearing da instituição e está buscando outras alternativas.

O sistema de liquidação das operações é a parte mais complicada de montagem da bolsa e é visto como a principal barreira para a entrada de novos competidores no mercado brasileiro, já que a BM&FBovespa tem afirmado que só pensará em compartilhar sua clearing a partir de 2015. “Posso dizer que a questão da clearing está equacionada”, disse o executivo da ATS, sem dar maiores detalhes da solução.

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São Paulo - O presidente da BM&FBovespa , Edemir Pinto , afirmou hoje que a companhia está preparada para a eventual chegada de uma concorrente no mercado de negociação de ações no mercado a vista. Ele também disse que a concorrência no mercado brasileiro de pós-negociação, ou clearing, do qual a bolsa detém o monopólio, é improvável.

A Bovespa trabalha, atualmente, no processo de integração de suas quatro câmaras de compensação de negócios (clearings), parte de um pacote de investimentos de R$ 1 bilhão no período de 2009 a 2015. Segundo Edemir, a situação atual das clearings da Bovespa e o patamar a que chegarão depois da integração “elevaram muito a régua desse mercado de pós-negociação, tornando muito difícil a situação para uma empresa que quer vir e se estabelecer nesse mercado”.

Segundo o executivo, a bolsa conta com inúmeras garantias depositadas – além dos R$ 2 bilhões que a companhia tem em caixa – que protegem os investidores contra qualquer tipo de calote na compensação das negociações. “Temos um sistema de salvaguardas que estabeleceu uma régua muito alta no mercado brasileiro e não tenho dúvidas de que o regulador (a CVM) vai buscar esse tipo de régua como parâmetro para qualquer concorrente que vier ao mercado querendo montar sua própria clearing”, afirmou.

Quanto aos possíveis concorrentes no mercado à vista de negociações, Edemir afirmou que a Bovespa está preparada. “Isso já virou commoditie no mundo todo, então, a concorrência pode e vai chegar a qualquer momento”, observou. Ele destacou, contudo, que a chegada da concorrência nesse mercado não preocupa, dada a pequena participação do mercado à vista nos resultados da companhia. “Isso compõe 6,3% da nossa receita total, então, a concorrência vai chegar para disputar esse percentual.”

Mercado

Atualmente, as intenções mais contundentes de concorrência à BM&FBovespa vêm da ATS Brasil, que planeja a criação de uma bolsa para negociação à vista de ações. A empresa, que tem como sócias a brasileira Americas Trading Group (ATG) e a Nyse, Bolsa de Nova York, pretende colocar a nova bolsa em funcionamento ainda em 2014.

O projeto tem um orçamento inicial de US$ 100 milhões, dos quais um terço já foi executado. O valor não inclui a montagem da clearing. Essa estrutura será criada de forma independente pela ATG e outros três sócios. A meta é submeter o projeto ao Banco Central até o início de março. Segundo o presidente da ATS, Alan Gandelman, a empresa não está negociando com a BM&FBovespa o uso da clearing da instituição e está buscando outras alternativas.

O sistema de liquidação das operações é a parte mais complicada de montagem da bolsa e é visto como a principal barreira para a entrada de novos competidores no mercado brasileiro, já que a BM&FBovespa tem afirmado que só pensará em compartilhar sua clearing a partir de 2015. “Posso dizer que a questão da clearing está equacionada”, disse o executivo da ATS, sem dar maiores detalhes da solução.

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