Livros de inspiração e autoajuda ficam mais populares quando os mercados caem (.)
Da Redação
Publicado em 5 de julho de 2010 às 14h14.
São Paulo - Em busca da tão sonhada bola de cristal, os analistas da BNY ConvergEx Group foram ao encontro da literatura. Com o auxílio da lista do New York Times das obras de não-ficção mais vendidas, Nicholas Colas, Christine Clark e Beth Reed procuraram evidências em 12 pontos de virada (6 baixas e 6 altas) dos mercados a partir de 1973, com base no índice de ações S&P 500.
De acordo coma a análise, existem algumas "notáveis correlações" entre os períodos de alta e baixa para as ações e os tipos de livros mais vendidos na lista do NYT. A categoria mais reveladora é a de livros de inspiração e autoajuda, que ficam mais populares quando os mercados estão em baixa. "Isso faz sentido - fracos períodos econômicos causam estresse e os leitores buscam por conselhos de como lidar melhor com os seus problemas", diz a análise.
Os livros sobre política também aumentam a presença na lista dos mais lidos quando os mercados enfrentam períodos de baixa. "Provavelmente os leitores querem entender quais foram os erros feitos pelo governo que colocaram a economia no caminho errado". A área que mais sofre durante as vacas magras é a de história e biografia. Quando os mercados estão ruins, o foco aumenta no "hoje e agora", mais do que no passado.
E onde estamos agora? Nicholas Colas destaca que, no momento, três livros de autoajuda estão na lista, o que é uma indicação de mercado em baixa. Apesar das evidências, Colas deixa claro que a análise serve mais como uma contribuição do que um sinal concreto de antecipação das tendências. Mesmo assim, o analista destaca: "Ciclos econômicos se repetem porque as pessoas repetem o mesmo comportamento para os momentos bons e ruins".