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Cielo (CIEL3) valoriza mais de 100% em 2022 e analistas acreditam que pode subir mais

BTG, Santander e UBS recomendam compra da ação e veem chance do papel chegar a até R$ 7,50

Cielo: Fator positivo é a perspectiva de juros básicos mais baixos, dado que a projeção do UBS para a Selic em 2023 é de 11,25%.  (Cielo/Divulgação)

Cielo: Fator positivo é a perspectiva de juros básicos mais baixos, dado que a projeção do UBS para a Selic em 2023 é de 11,25%.  (Cielo/Divulgação)

A ação da empresa de meios de pagamentos Cielo (CIEL3) já superou o teto de 100% de valorização em 2022, mas os bancos estão confiantes de que o papel pode subir mais. Depois da recomendação de compra pelos analistas do BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da EXAME) e do Santander, agora foi a equipe do UBS quem aumentou a aposta no ativo. O banco passou a recomendar compra e elevou o preço-alvo de R$ 4,5 para R$ 7. 

"Acreditamos que a desvalorização recente (queda de cerca de 30% desde o pico em 22 de outubro), combinada com boas perspectivas de crescimento, fornece um ponto de entrada atraente para a ação", escrevem os analistas. A visão mais positiva do ativo pelo banco impulsionou o papel, que subia 2,99% às 12h28 desta segunda-feira, 12, para R$ 4,48. A animação dos investidores fez com que o papel fosse o líder e um dos poucos no campo positivo do Ibovespa neste pregão.

De acordo com os analistas do UBS, os ganhos da empresa por ação devem crescer cerca de 38% a 40% entre 2022 e 2023, o que motivou a melhora na tese de investimento. "Acreditamos em uma expansão adicional de ganhos e margens, que deve ser impulsionada principalmente pela expansão adicional do yield do cartão (principalmente suportada por mudanças regulatórias nas taxas de intercâmbio de cartões pré-pagos/débito, enquanto novas reprecificações podem ser uma vantagem)". Eles também veem ganhos contínuos de eficiência e maior penetração de produtos de pré-pagamento. Outro fator positivo é a perspectiva de juros básicos mais baixos, dado que a projeção do UBS para a Selic em 2023 é de 11,25%.

A visão mais positiva para ação é similar à do BTG. Na sexta-feira, 09, um relatório divulgado pelo BTG Pactual reiterou a compra da Cielo. Segundo os analistas do banco, o ano de 2022 marcou uma ‘reviravolta’ para a companhia.  “Um TPV (Volume total de pagamentos) decente, um yield de receita impulsionado pela reprecificação, maior penetração de pré-pagamento, sólido controle de custos e fortes receitas da Cateno foram os principais ventos favoráveis.” O BTG apontou um preço-alvo de R$ 7 por ação para o fim de 2023, um potencial de 60% de alta.

O Santander, que elevou o preço-alvo de R$ 6,00 para R$ 7,50 em 25 de novembro, diz que os adquirentes bancários têm uma vantagem competitiva em um ambiente de alta Selic – uma história que pode persistir até o ano de 2023. "Acreditamos que os adquirentes bancários (os incumbentes Cielo, REDE e GetNet) estão desfrutando de uma vantagem competitiva sobre os novos entrantes (por exemplo, Stone e PAGS, entre outros) devido à maior disponibilidade e ao menor custo das fontes de financiamento. Isso se mostrou crucial em um ambiente de alta Selic, porque os adquirentes de bancos conseguiram repassar custos de Selic mais altos sem churn considerável." O banco manteve a recomendação de compra.

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