MERCEDES: trabalhadores aceitam oferta da montadora para suspender demissões; agora, poderão optar por um PDV de 100.000 reais / Adonis Guerra/SMABC
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2016 às 18h46.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h00.
Cautela na bolsa
O Ibovespa caiu 0,52% nesta quarta-feira seguindo o desempenho dos mercados americanos. O clima é de cautela, com investidores aguardando eventos importantes, como o início nesta quinta-feira do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. Além disso, há a expectativa pelo discurso da presidente do banco central americano, Janet Yellen, na sexta-feira, que poderá trazer pistas sobre uma possível alta nos juros do país. As ações de siderurgia tiveram as maiores perdas do dia. Os papéis preferenciais da Usiminas caíram 7,7%, enquanto os ordinários da CSN e os preferenciais da Gerdau tiveram perdas acima de 6%. O dia também foi baixa no preço do petróleo, com perdas para as ações da Petrobras: os papéis preferenciais recuaram 2,1%; e os ordinários, 1,9%.
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Imposto?
Um dia após o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, dizer que não haverá aumento de impostos neste e no próximo ano, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a possibilidade não está descartada. Meirelles participou nesta quarta-feira de uma audiência na comissão da Câmara que analisa a PEC referente ao teto de gastos públicos. Durante a reunião, ele chegou a dizer que o aumento de impostos pode ser necessário “de forma transitória”. “O que nós dissemos é que a carga tributária do Brasil está, de fato, muito elevada, e que, no momento de recessão da economia brasileira, deve-se evitar o máximo possível o aumento de impostos”, afirmou. O governo tem até o próximo dia 31 para enviar ao Congresso o projeto de Orçamento para 2017.
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IPCA-15 acelera
A prévia da inflação de agosto, medida pelo IPCA-15, subiu 0,45% no mês. No acumulado dos últimos 12 meses, o indicador subiu 8,95%. Segundo o IBGE, os alimentos continuaram pressionando o índice, com uma alta de 0,78%. O segundo item de maior impacto na prévia foi saúde e cuidados especiais, com alta de 0,85%. Sede da Olimpíada de 2016, a cidade do Rio de Janeiro apresentou a maior variação de preços, onde o indicador subiu 0,88%. Curitiba teve a menor inflação entre as cidades pesquisadas, 0,01%, com reflexo da redução da tarifa de energia.
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A crise do Hopi Hari
O parque de diversões Hopi Hari entrou na tarde desta quarta-feira com pedido de recuperação judicial no foro de Vinhedo, no interior de São Paulo, segundo antecipou EXAME. O Hopi Hari alega dificuldade de acesso a linhas de crédito por causa da crise política, econômica e financeira que atinge o país. As dívidas do parque chegam a cerca de 300 milhões de reais. O Hopi Hari afirma também que sua situação financeira se agravou em dezembro de 2012, quando houve um acidente com vítima fatal em um de seus brinquedos. O parque iniciou suas atividades em 1999 e hoje é comandado pelo empresário Luciano Correa.
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A crise da Mercedes
A montadora Mercedes-Benz está oferecendo 100.000 reais a cada funcionário que pedir demissão. A meta da empresa é conseguir 1.400 demitidos, o que somaria gastos de 140 milhões de reais. Com isso, a empresa suspendeu o processo de demissão que vinha promovendo na fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, que poderia atingir 2.000 trabalhadores. A fábrica tem 9.800 funcionários. As demissões são decorrência de uma queda de mais de 30% nas vendas de ônibus e caminhões no Brasil em 2016.
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Bill Gates sem crise
A fortuna de Bill Gates atingiu um novo recorde, de 90 bilhões de dólares, segundo a Bloomberg. O recente salto no valor dos ativos do fundador da Microsoft não se deve à companhia de tecnologia. O enriquecimento é resultado da alta das suas ações nas companhias Canadian National Railway Company, de ferrovias, e Ecolab Inc., de serviços para água e energia. Agora Gates tem 13,5 bilhões de dólares a mais do que o segundo colocado no ranking da Bloomberg, o espanhol Amancio Ortega, dono da rede varejista Zara.
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Varejo recua
As vendas do varejo recuaram 7,2% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo o Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Para o IDV, o desempenho é impactado pela crise e pela inflação. No entanto, a perspectiva é relativamente otimista. Outra pesquisa aponta que os próximos três meses ainda serão de queda, mas com um recuo menor. O setor de bens duráveis teve o pior resultado em julho, com queda de 8,9%. O de bens semiduráveis, que incluem roupas, calçados e livros, apresentou queda de 5,1% e deve avançar 1,4% em agosto. As vendas dos supermercados e hipermercados recuaram 7,1% e devem continuar em baixa.