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BTG inicia cobertura da Raízen com recomendação de compra e upside de 50%

Analistas veem tendência de cenário mais favorável ao etanol e ressaltam investimentos em energias renováveis

Totem com o logo da Raízen, uma joint venture da Cosan com a Shell (Raízen/Divulgação)
GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 16 de setembro de 2021 às 09h34.

Última atualização em 16 de setembro de 2021 às 09h56.

O BTG Pactual iniciou a cobertura das ações da Raízen (RAIZ4), líder global de produção de etanol, com recomendação de compra e preço-alvo de 11 reais, que implica em um potencial de alta (upside) de 51,9% em relação a seu último preço de fechamento.

“O potencial de valorização em relação aos níveis atuais reside quase inteiramente na capacidade da Raízen de entregar com sucesso suas energias renováveis, loja de varejo de proximidade e ganhos comerciais”, avaliam em relatório assinado em conjunto com analistas do BTG Pactual Digital.

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Nos planos da empresa, joint venture da Cosan (CSAN3) com a Shell (RDSA34), estão investimentos de 40 bilhões de reais para o uso de tecnologia pioneira para produzir etanol celulósico, biogás e outras energias renováveis em escala. “Espera-se que isso, juntamente com o desenvolvimento de uma plataforma comercial completa de açúcar, energia, combustíveis e biocombustíveis, leve a um crescimento de EBITDA de cerca de 3x em dez anos.”

Com o mercado está cada vez mais propício a pagar mais por produtos que emitem menos carbono, analistas veem boas oportunidades para o negócio. “O carbono será a commodity global definitiva, e o etanol e outros biocombustíveis se tornarão a ferramenta definitiva para gerar e comercializar carbono.”

O crescimento de sua frente de energia renovável leva em consideração os frutos da aquisição da Biosev.

“O crescimento de 50% da capacidade de produção trazido por este negócio ressalta o quanto a Raízen parece estar aumentando a aposta em sua capacidade de extrair mais valor da cana-de-açúcar. Adicionar capacidade de abastecimento de cana para escalar os negócios para uma participação de mercado incomparável de 15% faz muito sentido.”

A melhor perspectiva para o etanol, que deve ir além de sua utilidade como combustível, também faz parte da tese.

“O etanol pode nunca se tornar verdadeiramente a commodity global que antes pensávamos que seria. Mas o bom é que agora não precisa. Nossa visão para o futuro do etanol é que ele será cada vez mais uma ferramenta para negociar carbono, e essa é a oportunidade que a Raízen parece ter entendido antes de todo mundo”, diz o relatório.

Para a área responsável pela maior geração de receita da companhia, a de distribuição de combustível, os analistas veem a Raízen mais “madura” e acreditam que a “diferenciação de produtos deve continuar a render um forte crescimento à frente.”

“O foco na originação de produtos como uma ferramenta para garantir preço de venda competitivo, uma infraestrutura sólida e produtos premium no nível de bomba são o que vemos como as principais vantagens competitivas da Raízen”, afirmam os analistas. “[Essas vantagens] não só permitiram manter a expansão da participação de mercado em meio a fortes pressões competitivas como também manter um ROIC superior na indústria.”

 

 

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