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Bovespa sobe 2,4% com petróleo e resultados corporativos

Índice atinge máxima em quase dois anos, apoiado na temporada de resultados de companhias brasileiras e na alta do petróleo


	Bolsas: índice atinge máxima em quase dois anos, apoiado na temporada de resultados de companhias brasileiras e na alta do petróleo
 (Thinkstock)

Bolsas: índice atinge máxima em quase dois anos, apoiado na temporada de resultados de companhias brasileiras e na alta do petróleo (Thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 18h19.

São Paulo - O principal índice da Bovespa fechou em alta de mais de 2 por cento nesta quinta-feira, na máxima desde setembro de 2014, apoiado no cenário externo benigno, particularmente a alta do petróleo, e com a temporada de resultados de companhias brasileiras centralizando as atenções.

Banco do Brasil e Rumo Logística estiveram entre as empresas que divulgaram e comentaram os números do segundo trimestre, enquanto o mercado aguarda os números ainda nesta quinta-feira da Petrobras, MRV Engenharia e Lojas Americanas, entre outros.

O Ibovespa subiu 2,42 por cento, a 58.299 pontos, maior patamar de fechamento desde 18 de setembro de 2014. O volume financeiro do pregão somou 7,89 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, os principais índices acionários fecharam em suas máximas históricas, com balanços sólidos de lojas de departamentos e a forte alta dos preços do petróleo alimentando a confiança de investidores sobre o crescimento econômico.

Banco do Brasil subiu 5,65 por cento, para a máxima desde abril, mesmo após resultado trimestral considerado fraco. O banco estatal afirmou que vai atingir o nível de 9,5 por cento de capital principal no começo de 2019, além de ter elevado a previsão de crescimento da margem financeira e calculado menor nível de provisões no segundo semestre.

No setor, Bradesco avançou 2,97 por cento e ITAÚ UNIBANCO subiu 2,56 por cento cada - renovando máxima histórica de fechamento, a 35,67 reais.

Petrobras fechou com as preferenciais em alta de 4,67 por cento, na maior cotação de fechamento desde julho de 2015, e as ordinárias subindo 3,95 por cento, na esteira da valorização do petróleo, antes dos números do segundo trimestre.

A petroleira deve reportar lucro de 2,6 bilhões de reais, segundo média das prévias de três casas de análise obtidas pela Reuters.

Rumo Logística avançou 9,55 por cento, para 7 reais, maior nível de fechamento desde novembro de 2015, após divulgação do resultado do segundo trimestre que mostrou crescimento da receita líquida para 1,38 bilhão de reais, com a transportadora ferroviária também esperando desembolsos de nova linha do BNDES ainda neste ano.

Ultrapar subiu 3,91 por cento, para 75,20 reais, na maior cotação de fechamento de sua histórica, em meio à repercussão favorável do balanço do segundo trimestre, quando alcançou lucro líquido de 367 milhões de reais, alta de 11 por cento sobre o mesmo período do ano passado. O Ebitda somou 1 bilhão de reais no período, avanço de 19 cento.

Marfrig caiu 0,73 por cento, após piora do resultado no segundo trimestre na comparação com o ano anterior, afetado pelo cenário desafiador para a operação de bovinos e itens financeiros. Também pesaram preocupações sobre eventual negociação com o BNDES acerca de debêntures da empresa detidas pelo braço de participações do banco de fomento.

PDG Realty, que não está no Ibovespa, subiu 12,34 por cento, liderando as altas do índice Small Caps, após a incorporadora informar que concluiu a renegociação de dívidas ao redor de 4 bilhões de reais com os cinco principais credores.

Oi, também ausente do Ibovespa, avançou 3,49 por cento, apesar da divulgação do resultado do segundo trimestre com prejuízo de 656 milhões de reais, conforme agentes financeiros seguem na expectativa dos desdobramentos ligados ao pedido de recuperação judicial da operadora de telecomunicações.

Lupatech, também de fora do Ibovespa, saltou 109,3 por cento, maior alta da Bovespa, sem que operadores soubessem citar uma notícia específica que justificasse a alta.

Os papéis tem mostrado fortes oscilações desde meados de julho. No último dia 27, questionada sobre a movimentação dos papéis, a empresa disse desconhecer qualquer motivo que poderia justificar as oscilações.

No final de junho, a justiça do Estado de São Paulo aceitou dois recursos de credores e anulou a homologação do plano de recuperação judicial da companhia.

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