Bovespa inicia semana tentando reduzir perdas do mês
Os negócios locais podem ter dificuldades em retirar a marca de pior desempenho para um primeiro trimestre desde os anos de 1990
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2013 às 10h58.
São Paulo - O resgate financeiro garantido ao Chipre na madrugada desta segunda-feira deve abrir espaço para um recomposição da Bovespa depois de ter encerrado a semana passada no menor nível do ano.
Nesta reta final de mês, os investidores podem até promover um "embelezamento de carteira", mas tal movimento vai depender do comportamento dos mercados internacionais.
Assim, os negócios locais podem ter dificuldades em retirar a marca de pior desempenho para um primeiro trimestre desde os anos de 1990. Às 10h10, o Ibovespa tinha ligeira alta de 0,09%, aos 55.295,08 pontos.
Março de 2013 disputa com igual período de 2008 a pior performance para o mês, que já se aproxima de -4%, não muito distante da desvalorização registrada em fevereiro deste ano (-3,91%).
Com isso, as perdas de mais de 9% no acumulado dos três primeiros meses é, por enquanto, a maior para o período desde 1995, quando a composição do Ibovespa, na época, cedeu 31,58%.
Considerando-se todos os períodos trimestrais, a queda deste trimestre se aproxima da verificada ao final da primeira metade do ano passado, quando a variação negativa no segundo trimestre chegou perto de -16%.
Esse desempenho desastroso contraste, em muito, com o verificado no início de 2012, quando o Ibovespa garantiu o melhor primeiro trimestre desde 1999 e o resultado porcentual mais expressivo desde o terceiro trimestre de 2010.
Na opinião de um operador da mesa de renda variável a Bolsa pode até tentar melhorar essa performance, mas, para tanto, precisa de um "empurrão" das bolsas no exterior.
"Do contrário, a Bolsa pode ficar de lado ou cair mais", disse. Além disso, ele lembra que algumas ações estão com preços muito descontados, com o índice de força relativa (IFR) muito baixo, o que pode levar a um breve esgotamento da força vendedora.
"É preciso atrair o comprador, o tomador final", completou, lembrando que mesmo com a injeção de cerca de R$ 7,5 bilhões em recursos externos, o Ibovespa está na mínima do ano.
"Esses mesmos investidores que estão comprando Bolsa precisam diminuir a posição vendida", concluiu, referindo-se à grande aposta dos estrangeiros na queda do Ibovespa, no mercado futuro.
Mas os mercados internacionais iniciaram a semana aliviados com o acordo firmado entre a União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para salvar o Chipre do colapso financeiro e reestruturar o setor bancário da ilha.
Pequenos poupadores com até 100 mil euros não terão perdas, mas os correntistas com depósitos acima deste valor podem ter grandes perdas.
No horário acima, a Bolsa de Frankfurt subia 0,57%. Já o futuro do S&P 500 avançava 0,17%, com os investidores digerindo os dados de atividade nacional e no meio-oeste norte-americano, já divulgados. Logo mais, às 11h30, sai o índice regional de atividade das empresas em Dallas.
São Paulo - O resgate financeiro garantido ao Chipre na madrugada desta segunda-feira deve abrir espaço para um recomposição da Bovespa depois de ter encerrado a semana passada no menor nível do ano.
Nesta reta final de mês, os investidores podem até promover um "embelezamento de carteira", mas tal movimento vai depender do comportamento dos mercados internacionais.
Assim, os negócios locais podem ter dificuldades em retirar a marca de pior desempenho para um primeiro trimestre desde os anos de 1990. Às 10h10, o Ibovespa tinha ligeira alta de 0,09%, aos 55.295,08 pontos.
Março de 2013 disputa com igual período de 2008 a pior performance para o mês, que já se aproxima de -4%, não muito distante da desvalorização registrada em fevereiro deste ano (-3,91%).
Com isso, as perdas de mais de 9% no acumulado dos três primeiros meses é, por enquanto, a maior para o período desde 1995, quando a composição do Ibovespa, na época, cedeu 31,58%.
Considerando-se todos os períodos trimestrais, a queda deste trimestre se aproxima da verificada ao final da primeira metade do ano passado, quando a variação negativa no segundo trimestre chegou perto de -16%.
Esse desempenho desastroso contraste, em muito, com o verificado no início de 2012, quando o Ibovespa garantiu o melhor primeiro trimestre desde 1999 e o resultado porcentual mais expressivo desde o terceiro trimestre de 2010.
Na opinião de um operador da mesa de renda variável a Bolsa pode até tentar melhorar essa performance, mas, para tanto, precisa de um "empurrão" das bolsas no exterior.
"Do contrário, a Bolsa pode ficar de lado ou cair mais", disse. Além disso, ele lembra que algumas ações estão com preços muito descontados, com o índice de força relativa (IFR) muito baixo, o que pode levar a um breve esgotamento da força vendedora.
"É preciso atrair o comprador, o tomador final", completou, lembrando que mesmo com a injeção de cerca de R$ 7,5 bilhões em recursos externos, o Ibovespa está na mínima do ano.
"Esses mesmos investidores que estão comprando Bolsa precisam diminuir a posição vendida", concluiu, referindo-se à grande aposta dos estrangeiros na queda do Ibovespa, no mercado futuro.
Mas os mercados internacionais iniciaram a semana aliviados com o acordo firmado entre a União Europeia (UE), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) para salvar o Chipre do colapso financeiro e reestruturar o setor bancário da ilha.
Pequenos poupadores com até 100 mil euros não terão perdas, mas os correntistas com depósitos acima deste valor podem ter grandes perdas.
No horário acima, a Bolsa de Frankfurt subia 0,57%. Já o futuro do S&P 500 avançava 0,17%, com os investidores digerindo os dados de atividade nacional e no meio-oeste norte-americano, já divulgados. Logo mais, às 11h30, sai o índice regional de atividade das empresas em Dallas.