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Bolsa fecha em queda, e Petrobras sobe apesar de prejuízo

Estatal teve prejuízo recorde de R$ 39 bilhões no quarto trimestre, mas ação fechou em alta na Bovespa


	Bovespa: queda no dia foi puxada, principalmente, por baixa nas ações de bancos.
 (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

Bovespa: queda no dia foi puxada, principalmente, por baixa nas ações de bancos. (Alexandre Battibugli/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2016 às 17h53.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em queda nesta terça-feira, pressionado pelo declínio das ações de bancos, enquanto os papéis da Petrobras subiram apesar do prejuízo recorde no quarto trimestre de 2015.

O Ibovespa caiu 0,32 por cento, a 51.010 pontos. O volume financeiro somou 6,76 bilhões de reais.

A crise política permanece no centro das atenções do mercado financeiro, conforme investidores aguardam novos desdobramentos ligados ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, entre outros temas.

O ambiente externo mais cauteloso, após os ataques na Bélgica reinvindicados pelo grupo Estado Islâmico, que deixaram ao menos 30 mortos em Bruxelas, também contribuiu para o desempenho do Ibovespa.

Destaques

- PETROBRAS reverteu a fraqueza da abertura e fechou em alta de 0,62 por cento nas ações preferenciais e de 2,24 por cento nos papéis ordinários, mesmo após divulgar prejuízo recorde de 36,9 bilhões de reais no quarto trimestre de 2015. Analistas avaliaram que permanece complicada a situação da empresa, mas citaram positivamente dados de fluxo de caixa, entre outras variáveis, apesar de considerarem o balanço "poluído", principalmente com itens não recorrentes e sem efeito no caixa. Na mínima do dia, as ações preferenciais caíram 4 por cento.

- ITAÚ UNIBANCO caiu 2,56 por cento, pesando no Ibovespa dada a relevante fatia que detém no índice. BRADESCO cedeu 1,04 por cento. O Deutsche Bank cortou a recomendação para os ADRs (recibo de ações negociado nos Estados Unidos) de ambos para "manutenção" ante "compra", enquanto BANCO DO BRASIL teve o preço-alvo elevado para 21 reais. A ação do BB recuou 1,45 por cento.

- BB SEGURIDADE perdeu 5,51 por cento, no pior desempenho do Ibovespa, em meio a realização de lucros após ganhos ao longo do mês ao redor de 25 por cento. O BTG Pactual chamou a atenção para mundança de alíquotas de PIS/Cofins de corretoras de seguro em nota a clientes, mas afirmou que a BB Seguridade deve ser pouco afetada.

- CYRELA BRAZIL REALTY caiu 4,07 por cento, também entre as maiores quedas do Ibovespa, em meio a cautela antes do resultado trimestral previsto para após o fechamento de quarta-feira, mais ainda acumula ganho de quase 30 por cento em março.

- GERDAU avançou 6,32 por cento, liderando os ganhos do índice, enquanto CSN fechou com alta de 3,04 por cento, enquanto USIMINAS mostrou alguma indefinição, mas encerrou o pregão com variação positiva de 0,52 por cento. O Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) divulgou dados mostrando queda anual de 11 por cento nas vendas de aço plano por distribuidores do Brasil em fevereiro, mas previu crescimento de 4 por cento em março ante fevereiro.

- KROTON EDUCACIONAL avançou 5,36 por cento, atenuando a pressão negativa sob o índice. Profissionais do mercado de renda variável citaram compras de investidores estrangeiros, principalmente. Em nota a clientes o Itaú BBA também citou reportagem do Valor Pro de que o setor de educação negocia com o Ministério da Educação a flexibilização das exigências de renda do aluno e percentual financiado pelo programa Fies.

- VALE encerrou com as preferenciais de classe A em alta de 0,89 por cento e com os papéis ordinários ganhando 1,85 por cento, apesar de fraqueza nos preços do minério de ferro na China.

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