Bovespa abre em alta puxada por exterior
Mesmo assim, a retomada ainda deve ser tímida, com os negócios locais ainda carentes do capital externo
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2011 às 10h32.
São Paulo - A recuperação ensaiada pelos mercados internacionais nesta manhã deve inspirar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, após o forte tombo da véspera. Mesmo assim, a retomada ainda deve ser tímida, com os negócios locais ainda carentes do capital externo e reféns da volatilidade esperada por causa do vencimento de opções sobre índice futuro. Às 10h14 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,50%, aos 67.231 pontos.
Apesar de ter caído ontem dos 68 mil pontos na abertura para os 66 mil pontos no fechamento do pregão, a Bolsa conseguiu defender um importante suporte do canal de alta, no qual ainda se encontra. Por isso, analistas avaliam que há espaço para ajustes em alguns papéis, principalmente os de empresas que apresentam bons fundamentos ou que foram muito castigados recentemente. A dúvida fica para o comportamento das ações de primeira linha Petrobras e Vale, envolvidas em um noticiário negativo.
Além disso, a Bolsa também deve sofrer a influência da disputa entre comprados e vendidos para o vencimento de contratos de Ibovespa futuro para abril e de opções sobre o índice, que ocorre hoje. Ontem, a liquidação nos preços das commodities (matérias-primas) disparou a posição vendida dos investidores em índice futuro. Outros rolaram suas posições para o vencimento à frente, o que sinaliza que o Ibovespa não deve andar muito no curto prazo.
"A Bolsa não consegue definir um rumo e fica num vai e volta", resume o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Para ele, a conjuntura internacional traz fatores que aumentam as incertezas sobre o crescimento econômico global, ao mesmo tempo que o cenário doméstico carrega preocupações quanto à condução da política monetária para combater a alta da inflação e à adoção de várias medidas para contornar a variação cambial. "Assim, a Bolsa fica cara (em dólares) e tem uma concorrência desleal (com a renda fixa)", conclui.
Essa percepção tem afastado o investidor estrangeiro, visto como um condutor da Bolsa. Portanto, até que os passos do governo brasileiro tornem-se mais claros, analistas esperam uma continuidade do vaivém dos negócios, com uma recuperação sem consistência e ainda frágil para sustentar o Ibovespa na casa dos 70 mil pontos.
No exterior, os investidores reincorporam a disposição por posições mais arriscadas, ainda que sem um vetor direcional claro e com as movimentações dominadas por recompras técnicas após a correção do dia anterior. As commodities também avançam.
São Paulo - A recuperação ensaiada pelos mercados internacionais nesta manhã deve inspirar a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) hoje, após o forte tombo da véspera. Mesmo assim, a retomada ainda deve ser tímida, com os negócios locais ainda carentes do capital externo e reféns da volatilidade esperada por causa do vencimento de opções sobre índice futuro. Às 10h14 (horário de Brasília), o índice Bovespa (Ibovespa) subia 0,50%, aos 67.231 pontos.
Apesar de ter caído ontem dos 68 mil pontos na abertura para os 66 mil pontos no fechamento do pregão, a Bolsa conseguiu defender um importante suporte do canal de alta, no qual ainda se encontra. Por isso, analistas avaliam que há espaço para ajustes em alguns papéis, principalmente os de empresas que apresentam bons fundamentos ou que foram muito castigados recentemente. A dúvida fica para o comportamento das ações de primeira linha Petrobras e Vale, envolvidas em um noticiário negativo.
Além disso, a Bolsa também deve sofrer a influência da disputa entre comprados e vendidos para o vencimento de contratos de Ibovespa futuro para abril e de opções sobre o índice, que ocorre hoje. Ontem, a liquidação nos preços das commodities (matérias-primas) disparou a posição vendida dos investidores em índice futuro. Outros rolaram suas posições para o vencimento à frente, o que sinaliza que o Ibovespa não deve andar muito no curto prazo.
"A Bolsa não consegue definir um rumo e fica num vai e volta", resume o economista da Senso Corretora, Antônio César Amarante. Para ele, a conjuntura internacional traz fatores que aumentam as incertezas sobre o crescimento econômico global, ao mesmo tempo que o cenário doméstico carrega preocupações quanto à condução da política monetária para combater a alta da inflação e à adoção de várias medidas para contornar a variação cambial. "Assim, a Bolsa fica cara (em dólares) e tem uma concorrência desleal (com a renda fixa)", conclui.
Essa percepção tem afastado o investidor estrangeiro, visto como um condutor da Bolsa. Portanto, até que os passos do governo brasileiro tornem-se mais claros, analistas esperam uma continuidade do vaivém dos negócios, com uma recuperação sem consistência e ainda frágil para sustentar o Ibovespa na casa dos 70 mil pontos.
No exterior, os investidores reincorporam a disposição por posições mais arriscadas, ainda que sem um vetor direcional claro e com as movimentações dominadas por recompras técnicas após a correção do dia anterior. As commodities também avançam.