Bolsas na Ásia disparam e CSI 300 encerra melhor semana desde 2008
Os anúncios diários da China sobre seu pacote de estímulo aumentaram o apetite ao risco
Repórter colaborador
Publicado em 27 de setembro de 2024 às 06h01.
As principais bolsas na Ásia seguiram a trajetória de alta dos últimos dias e fecharam a sexta-feira no azul, mostrando que investidores estão propensos a aceitar novos riscos após o anúncio nesta semana que a China irá tentar reacender a economia com estímulos bilionários, os maiores em décadas.
A sexta-feira foi influenciada por um movimento forte dos mercados emergentes no dia anterior. As ações de mercados emergentes tiveram seu melhor dia em quase um ano na quinta-feira, impulsionadas por novas promessas de estímulo do governo chinês e fortes dados econômicos dos EUA.
Os anúncios diários da China sobre seu pacote de estímulo, juntamente com as apostas crescentes para mais cortes nas taxas de juros do Federal Reserve, aumentaram o apetite ao risco nos mercados. Os traders estarão atentos ao indicador de inflação do Fed, bem como a um instantâneo da demanda do consumidor, o que pode oferecer mais pistas sobre as taxas de juros no país após dados revisados robustos na quinta-feira.
O CSI 300 disparou 4,4%, encerrando sua melhor semana desde 2008. O Nikkei 225 avançou 2,3%. Já Hong Kong subiu 3,5%.
Commodities
O petróleo se estabilizou após uma queda acentuada de dois dias, com os preços ainda a caminho de um declínio semanal substancial nas perspectivas de mais oferta dos membros da OPEP, Arábia Saudita e Líbia. O tipo Brent, o mais comercializado, estava sendo cotado a US$ 71 o barril.
O ouro caminha para o terceiro ganho semanal após atingir sucessivos recordes devido ao otimismo de que o Fed manterá um ritmo agressivo de cortes nas taxas de juros este ano. O cobre subiu novamente acima de US$ 10.000 a tonelada e o minério de ferro ultrapassou US$ 100 a tonelada.
Já o iene se recuperou em relação ao dólar quando Shigeru Ishiba venceu a votação para a liderança do partido governista do país, o que na prática significa que será o próximo premiê. Ishiba, um veterano do Partido Liberal Democrata que atuou em vários cargos importantes, incluindo ministro da defesa, é visto como apoiador do plano do Banco do Japão de aumentar gradualmente as taxas. Ele venceu o oponente Sanae Takaichi, que disse recentemente que era "estúpido aumentar as taxas agora".