Bolsas da Europa fecham estáveis, de olho em estímulos
Investidores apenas ajustaram suas carteiras à espera de possíveis medidas adicionais de estímulo econômico à zona do euro
Da Redação
Publicado em 27 de agosto de 2014 às 15h19.
São Paulo - A maior parte das bolsas da Europa encerrou o pregão desta quarta-feira, 27, próximo à estabilidade, com os investidores apenas ajustando suas carteiras à espera de possíveis medidas adicionais de estímulo econômico à zona do euro.
As especulações surgiram após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, sinalizar, na última sexta-feira, 26, que, se necessário, poderá agir para impulsionar a economia da região, que permanece fragilizada.
Dados divulgados hoje comprovam o desaquecimento da região.
Na Alemanha, o índice GFK de confiança do consumidor recuou para 8,6 em setembro, contra os 8,9 em agosto, na primeira retração desde janeiro de 2013.
Na Itália, o índice equivalente de confiança recuou para 101,9 em agosto, de 104,4 em julho, enquanto na França houve deterioração da confiança empresarial, que passou de 97 para 96 neste período.
Depois de duas sessões consecutivas de ganhos nos mercados acionários europeus, o índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, teve leve desvalorização, de 0,19%, para 9569,71 pontos, enquanto em Madri, Ibex-35 subiu 0,10%, para 10.837,40 pontos.
Em Milão, o FTSE-MIB avançou 0,57%, para 20.763,14 pontos, acompanhado pelo PSI-20, de Lisboa, que ganhou 1,99%, aos 5.970,18 pontos.
Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 fechou na máxima do dia, ao marcar 6.830,66 pontos, valorização de 0,12%. Em Paris, o ganho foi mais modesto, de 0,04%, aos 4.395,26 pontos.
O discurso de Draghi, feito durante o simpósio anual de política econômica em Jackson Hole (EUA), também mexeu com os juros os juros dos bônus da Alemanha, Itália e Espanha, que registram hoje recorde de baixa.
O yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos da Alemanha caiu para 0,9100%, de 0,9397% no fim da tarde de ontem na Europa.
O juro dos títulos de 10 anos da Espanha recuou para 2,1450%, de 2,1857% ontem; e o dos bônus de 10 anos da Itália baixaram baixou para 2,3850%, de 2,4032%.
Já a reunião de ontem entre os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Petro Poroshenko, teve pouca influência sobre os mercados.
O encontro terminou sem nenhum acordo firmado, mas com a perspectiva de novas reuniões entre as partes. Putin afirmou que seu país "fará tudo pelo processo de paz".
Poroshenko, por sua vez, disse que "a lógica do plano de paz finalmente recebeu apoio de todos os líderes", referindo-se também aos presidentes da Bielo-Rússia e do Casaquistão, que participaram do encontro.
O índice Micex, da Bolsa de Moscou, fechou em alta de 0,32%, aos 1.447,91 pontos, puxado pelas ações do Sberbank, que subiram 0,63%.
O setor bancário foi destaque neste pregão, com os papéis do Commerzbank avançando 2,27%, ao lado de Deutsche Bank (+1,16%), BNP Paribas (+0,90%) e Banco Comercial Português (+4,78%).
Com informações da Dow Jones Newswires.