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Bolsas da Europa fecham em queda de cerca de 1%, após falas de Biden acentuarem tom negativo

Na bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 1,14%, aos 7.588,00 pontos

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Bolsa de Valores de Frankfurt, na Alemanha (picture alliance/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de outubro de 2023 às 14h17.

Última atualização em 18 de outubro de 2023 às 14h57.

As bolsas da Europa fecharam em queda nesta quarta-feira, 18, prejudicadas por aversão ao risco diante de aumento nas tensões no Oriente Médio, após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, indicar que vai pedir ao Congresso americano para enviar um pacote de apoio "sem precedentes" para a segurança de Israel.

O clima na Europa, que já era de tom negativo diante de inflação do Reino Unido e dados da China, piorou no fim do pregão, com índices caindo cerca de 1%.

Na bolsa de Londres, o FTSE 100 fechou em queda de 1,14%, aos 7.588,00 pontos. Em Frankfurt, o DAX caiu 1,03%, aos 15.094,91 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,91%, aos 6.965,99 pontos; em Milão o FTSE MIB teve perdas de 0,82%, aos 28.135,79 pontos; em Madri, o Ibex 35 registrou baixa de 0,93%, aos 9.211,60 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 foi na contramão e teve ganho de 0,05%, aos 6.147,03 pontos. As cotações são preliminares.

Segundo o analista do City Index Fawad Razaqzada, a queda desta quarta "se resume ao apetite pelo risco", visto que neste momento os mercados não têm interesse em assumir riscos excessivos "dados os tempos incertos e os riscos geopolíticos muito elevados".

Em análise sobre o índice DAX, ele pondera que o viés no médio prazo é negativo para a bolsa de Frankfurt, que deve presenciar uma queda diante de "novos ventos contrários que devem aparecer nos próximos dias".

Biden disse em visita histórica a Tel-Aviv que os EUA vão seguir apoiando Israel pelo tempo que se fizer necessário, e se comprometeu a lutar por um pacote de apoio de defesa para o país do Oriente Médio, em meio a confrontos com o Hamas. A mensagem forte do presidente americano busca frear o envolvimento de demais países no conflito contra as forças israelenses, mas a explosão de um hospital em Gaza parece ter deixado investidores mais cautelosos.

Nesta quarta, além da questão geopolítica, o produto interno bruto (PIB) da China apontou para persistência no setor imobiliário da segunda maior economia do mundo, o que parece ter alimentado o temor de empresas europeias do setor industrial relacionados à demanda chinesa.

Além disso, a taxa anual do índice de inflação ao consumidor (CPI) do Reino Unido diminuiu as chances de o Banco da Inglaterra (BoE) repetir a pausa na alta de juros vista na última reunião de política monetária, visto que o dado indica inflação acima do esperado por investidores britânicos. Enquanto isso, a pesquisa da Eurostat sobre inflação na zona do euro indicou desaceleração e levanta possibilidades para uma possível pausa no ciclo de aumentos de juros pelo Banco Central Europeu.

As ações da mineradora chilena Antofagasta caíram 2,90% na bolsa de Londres depois de, aparentemente, ter dado indícios de que vai rebaixar suas projeções para o próximo ano, mesmo tendo aumentado sua produção de cobre em 16%. Também em Londres, as ações do Grupo BHP recuaram 1,32%, na esteira do anúncio de queda na produção de minério de ferro da terceira maior produtora global da commodity.

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