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Bolsas da Europa fecham em alta, observando dados de inflação do continente e dos EUA

CPI da zona do euro subiu 2,6% na prévia de maio, na comparação anual, acelerando da alta de 2,4% vista em abril

Bolsa de valores: índices da Europa fecharam o dia em alta (Paulo Whitaker/Reuters)

Bolsa de valores: índices da Europa fecharam o dia em alta (Paulo Whitaker/Reuters)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 31 de maio de 2024 às 14h03.

Última atualização em 31 de maio de 2024 às 14h59.

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 31, observando a publicação de dados de inflação no continente e nos Estados Unidos, assim como o impacto dos indicadores na postura dos respectivos bancos centrais.

No caso do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro, a leitura não deve alterar os planos de corte de taxas já na próxima semana. O índice de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) americano impulsionou expectativas por cortes de juros nos EUA.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,28%, a 517,95 pontos.

O CPI da zona do euro subiu 2,6% na prévia de maio, na comparação anual, acelerando da alta de 2,4% vista em abril e acima da previsão de 2,5% dos analistas ouvidos pela FactSet. O núcleo também superou a previsão ao subir 2,9%, quando se esperava alta de 2,7%. O dado foi o mais recente sinal de inflação persistente na região, o que dificulta o trabalho de potencial relaxamento monetário pelo Banco Central Europeu (BCE).

Impacto nos juros

A Capital Economics acredita que ainda assim o BCE cortará os juros em 25 pontos-base na próxima semana, como vários dirigentes têm sinalizado. Mas a consultoria acrescenta que "outra redução em julho parece agora improvável".

O ING diz também que ainda espera corte na próxima semana pelo BCE, porém prevê "debate acalorado" sobre se é possível relaxar a política monetária para além disso, no quadro atual da inflação e da atividade.

Segundo a Reuters, o dirigente do BCE Fabio Panetta avaliou que o índice não foi "nem bom nem ruim". Panetta reafirmou sua visão de que o BCE pode cortar juros várias vezes e ainda assim manter postura restrita na política monetária, no quadro atual.

Já as apostas em um relaxamento monetário mais veloz nos Estados Unidos em 2024 cresceram marginalmente, após o núcleo do PCE do país subir menos que o esperado na variação mensal de abril, e todas as demais leituras do indicador de inflação avançarem em linha com o esperado. No entanto, os dados não foram suficientes para consolidar o cenário em uma trajetória de juros mais branda.

Oscilante nas últimas semanas, a aposta em um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) até setembro voltou a ultrapassar 50% como estava na quinta-feira. Mas o movimento é leve e deixa a perspectiva para esse mês ainda incerta. A probabilidade de o Fed baixar taxas até setembro subiu para 50,4%, ante 48,7% antes dos indicadores.

O PIB da Itália cresceu 0,7% na leitura final do primeiro trimestre, na comparação anual um pouco acima da previsão de alta de 0,6% dos analistas. Já o da França no mesmo período avançou 0,2% no primeiro trimestre ante o anterior, como esperado, com alta anual de 1,3%, quando se esperava crescimento de 0,9%.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,54%, a 8.275,38 pontos. Em Frankfurt, o DAX registrou avanço de 0,01%, a 18.497,94 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,18%, a 7.992,87 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,13%, a 34.492,41 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 ganhou 0,46%, a 6.870,81 pontos. A exceção foi Madri, onde o Ibex35 caiu 0,14%, a 11.322,00 pontos.

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