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Bolsas da Europa fecham em alta após balanços e dados locais aliviarem efeito do CPI nos EUA

Papéis do ABN Amro subiram após o banco holandês anunciar lucro acima do previsto e programa de recompra de ações

Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra (Bloomberg/Getty Images)

Bolsa de Valores de Londres, na Inglaterra (Bloomberg/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 16h17.

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta, em uma recuperação após balanços mistos e dados locais ajudarem na correção de parte das perdas da terça-feira, quando a divulgação do índice de preços ao consumidor acima do esperado nos Estados Unidos pesou nos ativos.

Os papéis do ABN Amro subiram após o banco holandês anunciar lucro acima do previsto e programa de recompra de ações. Na direção oposta, a Heineken e ThyssenKrupp despencaram diante de reações a resultados e projeções.

Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,75%, aos 7.568,40 pontos. A taxa de inflação do Reino Unido manteve-se inalterada em 4,0% em janeiro de 2024, mantendo-se perto da mínima de dois anos e abaixo da expectativa do mercado de 4,2%. No entanto, o índice segue o dobro da meta do Banco de Inglaterra de 2,0% ao ano. O DAX, referencial de Frankfurt, subiu 0,38%, aos 16.945,71 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,68%, aos 7.677,35 pontos.

A Capgemini saltou 6,95%, liderando como maior alta no índice principal de Paris, depois que o grupo de serviços digitais reportou receitas melhores do que o esperado no quarto trimestre e previsões tranquilizadoras em termos de margens e fluxo de caixa livre. O dividendo proposto foi aumentado em 15 centavos de euros para 3,40 euros.

O ABN Amro avançou 6,81% na Bolsa de Amsterdã após o banco anunciar lucro líquido de 545 milhões de euros no quarto trimestre de 2023, maior do que o ganho de 354 milhões de euros apurado em igual período de 2022, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira. O resultado superou a expectativa de analistas, de lucro de 397 milhões de euros, segundo consenso fornecido pelo próprio banco.

A Heineken teve rumo oposto e cedeu 6,33% em Amsterdã. A empresa de cervejas holandesa afirmou que o crescimento anual do lucro operacional poderá ficar entre uma porcentagem baixa e alta na casa de um dígito em 2024, enquanto alertou que as difíceis condições econômicas poderão pesar sobre a procura de seus produtos em alguns mercados este ano.

Fora do DAX, as ações da Delivery Hero dispararam 22,80% após a empresa alemã de entrega de produtos alimentícios informar que sua geração orgânica de caixa será mais do que suficiente para fazer frente aos vencimentos de seus títulos de dívida.

Outra empresa fora do índice DAX, a ThyssenKrupp derreteu 10,53% em Frankfurt. A companhia alemão de engenharia industrial e siderurgia registrou prejuízo líquido atribuível aos acionistas de 314 milhões de euros no exercício do primeiro trimestre fiscal, em comparação com um lucro de 75 milhões de euros em período equivalente de 2023.

O EBIT ajustado foi de 84 milhões de euros, abaixo dos 168 milhões de euros, diante da redução das contribuições para os lucros da unidade Steel Europe devido à queda das vendas e, como esperado, ao declínio dos lucros dos negócios individuais da Decarbon Technologies, segmento com tecnologias para descarbonização.

Em Madri, o Ibex 35 teve variação de -0,08%, aos 9.916,60 pontos. O PSI-20, de Lisboa, cedeu 0,55%, aos 6.100,10 pontos. E o FTSE MIB subiu 0,63%, aos 31.329,38 pontos.

Entre outros dados macroeconômicos divulgados, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro ficou estável no quarto trimestre de 2023. A produção industrial da zona do euro subiu 2,6% em dezembro ante novembro de 2023. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam recuo de 0,2% no período.

As cotações são preliminares.

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