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Bolsa ‘despertou’ e deve seguir descolada de emergentes, diz UBS

As ações brasileiras estão prestes a continuar superando seus pares emergentes, ancoradas na força da maior economia da América Latina

Ibovespa: o Brasil “deve se beneficiar de preços de commodities mais altos por mais tempo e valuations muito atraentes” (Germano Lüders/Exame)
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Bloomberg

Publicado em 26 de setembro de 2022 às 12h36.

As ações brasileiras estão prestes a continuar superando seus pares emergentes, ancoradas na força da maior economia da América Latina e nas chances de que a eleição presidencial de outubro traga pouca disrupção na política fiscal do país, de acordo com o UBS Global Wealth Management.

O mercado acionário brasileiro “despertou” em 2022, disse Alejo Czerwonko, diretor de investimentos para mercados emergentes nas Américas, em nota de 22 de setembro. O Brasil “deve se beneficiar de preços de commodities mais altos por mais tempo e valuations muito atraentes” que não refletem as condições macroeconômicas e vulnerabilidade relativamente baixa à menor liquidez global, escreveu ele.

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Czerwonko espera que o índice MSCI Brasil supere entre 10% e 15% o índice MSCI Emerging Markets nos próximos 12 a 18 meses. No acumulado do ano, o MSCI Brasil sobe mais de 4%, ante uma queda de 28% para o índice de referência emergente. Ainda assim, o índice negocia a 6,1 vezes o lucro estimado, bem abaixo da média histórica de 10 anos de 11,2 vezes, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Os investidores também “amplamente precificaram” uma vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do próximo mês, de acordo com Czerwonko. Ele espera que quaisquer riscos fiscais decorrentes da eleição sejam administráveis graças ao “papel de equilíbrio” do Congresso, independentemente do vencedor. Lula lidera em quase todas as pesquisas até agora. Pesquisa BTG/FSB divulgada nesta segunda-feira mostrou que sua intenção de voto aumentou de 44% para 45% no primeiro turno, enquanto o presidente Jair Bolsonaro permaneceu inalterado com 35%.

Outro gatilho para as ações brasileiras deve ser o fim do aperto monetário agressivo do país. Operadores locais acreditam que a alta já tenha chegado ao fim, já que o Banco Central foi um dos primeiros a intensificar a luta contra a inflação. Isso “abre espaço para o início de um ciclo de flexibilização já no primeiro semestre de 2023”, diz Czerwonko.

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