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Após "Boa Sorte Day", investidores olham com esperança ao mercado externo

Nesta sexta-feira serão divulgados resultados de gigantes como Itausa e Embraer, e o mercado torce que Wall Street puxe a Faria Lima

B3 (B3SA3), Ibovespa, Faria Lima (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

B3 (B3SA3), Ibovespa, Faria Lima (Patricia Monteiro/Bloomberg via/Getty Images)

A última quinta-feira, 10, permanecerá na história como o "Boa Sorte Day". Um dia marcado pela destruição de R$ 100 milhões em valor de mercado e pela alta súbita do dólar, que chegou a beirar os R$ 5,40.

Após essa quinta-feira complicada, o mercado financeiro olha para o mercado internacional com esperança, torcendo que as altas iniciada em Wall Street após a divulgação dos dados de inflação dos EUA, e que estão se espalhando também aos mercados asiáticos durante a noite, possam chegar na manhã dessa sexta também na Faria Lima.

A sexta-feira será um dia menos intenso de divulgação de resultados do que o anterior. Mesmo assim, antes e depois do pregão erão divulgados os resultados de gigantes como Itaúsa (ITSA4), Embraer (EMBR3), Cosan (CSAN3), Mahle (LEVE3), Boa Safra (SOJA3), Cemig (CMIG4), entre outros.

Resultado do SoftBank pode fazer preço no mercado

Nos mercados internacionais, a expectativa é sobre os resultados do terceiro trimestre do ano do Softbank. O gigante japonês fechou o trimestre anterior com um prejuízo de US$ 23 bilhões, um dos piores resultados da história do banco de investimento, que foi forçado a demitir 25% de sua força de trabalho global.

A mediana das previsões indica que o conglomerado japonês reporte um lucro líquido anualizado de 2,769 trilhões de ienes (cerca de US$ 19,5 bilhões) no trimestre encerrado em 30 de setembro.

Os analistas esperam que os resultados sejam impactados pelas altas dos juros nos Estados Unidos, que acabaram afetando a cotação das ações das empresas de tecnologia, muitas das quais investidas pelo SoftBank. Todavia, os resultados trimestrais das empresas americanas foi menos ruim do que o esperado, e Wall Street manteve as posições. Por isso, ainda existe uma esperança que os números do conglomerado financeiro japonês não sejam tão negativos assim.

Fim da política 'Covid Zero' na China?

Por último, o fato que a China diminuiu a necessidade de quarentena para estrangeiros que viajam até o país para dois dias, alimentou as esperanças dos investidores internacionais que a política de "Covid Zero", com restrições draconianas contra a difusão do vírus no país asiático, possa ser superada em breve. A notícia foi suficiente para que a Bolsa de Valores de Hong Kong subisse mais de 7% na noite desta quinta-feira.

Nas últimas semanas a divulgação de um suposto documento interno ao governo chinês que previa uma possível redução dos lockdown levou para uma euforia generalizada nas Bolsas de Valores da Ásia, Europa e Estados Unidos.

E nos Estados Unidos será divulgada nesta sexta-feira o índice de confiança do consumidor, um indicador importante em uma temporada de crise como a atual, que poderia influenciar o andamento de Wall Street. O pregão dirá se os efeitos serão registrados também na Faria Lima.

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