Vendo ação como barata, BBI diz que "a hora de comprar Petrobras é agora"
O banco elevou recomendação dos papéis da petroleira, assim como o preço-alvo, que passou para R$ 35,00, dando um potencial de valorização de 33% frente ao último fechamento
Paula Barra
Publicado em 17 de maio de 2021 às 10h26.
Última atualização em 17 de maio de 2021 às 10h29.
O Bradesco BBI elevou nesta segunda-feira, 17, a recomendação da Petrobras (PETR3; PETR4) de neutra para compra, assim como o preço-alvo, que passou de 32,00 reais para 35,00 reais. A nova meta corresponde a um potencial de valorização de 33% frente ao último fechamento.
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Para a revisão, os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, que assinam o relatório do banco, comentam que a nova classificação segue a mensagem positiva da equipe de gestão da companhia na teleconferência de resultados, realizada na última sexta-feira, sobre continuidade, em especial, sobre a política de dividendos e venda de ativos.
Nesse contexto, eles acreditam que o risco/retorno possa fazer sentido, citando que as ações são negociadas com um múltiplo valor da firma sobre geração operacional de caixa (EV/Ebitda, na sigla em inglês) de 3,1 vezes e um retorno sobre o fluxo de caixa livre aos acionistas de 21% estimados para este ano.
"A hora de comprar é agora. O risco de eleição deve começar a pesar mais na relação de risco/retorno quando o papel se aproximar de 35,00 reais", comentam.
"De uma lista de 500 empresas de combustíveis fosseis, a Petrobras é a 22ª mais barata baseada em EV/EBITDA estimado para 2022 e a 5ª mais barata baseada em dividend yield [dividendos sobre o preço da ação]".
No relatório, eles elevaram também as estimativas para o fluxo de caixa livre ao acionista para 13,25 bilhões de dólares em 2021, em meio à observação de que a Petrobras vem consistentemente entreguendo uma produção com menor necessidade de capex (investimentos em bens de capital).
Como resultado, os analistas revisaram a projeção de dividendos de 7,7 bilhões de dólares para 8,4 bilhões de dólares em 2022.
Apesar da mensagem positiva da gestão da empresa, eles comentam que o risco da tese continua na política de preços da companhia, sendo que a mudança de preço de combustíveis deve ser menos frequente daqui para frente.
Eles apontam que o preço do petróleo pode bater 80 dólares o barril no terceiro trimestre deste ano, uma vez que os estoques da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sequem rapidamente. "Nesse caso, acreditamos que a Petrobras não deve ajustar os preços de forma ágil como o mercado gostaria, podendo levar à frustração dos investidores", ponderam.