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Azul (AZUL4) reduz prejuízo em 27% para R$ 1,6 bilhão no 3º tri

Prejuízo financeiro fica em R$ 2 bilhões e anula melhora operacional da companhia; alta do combustível puxa aumento de custos

Avião da Azul (Shutterstock/Shutterstock)

Avião da Azul (Shutterstock/Shutterstock)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de novembro de 2022 às 10h10.

Última atualização em 10 de novembro de 2022 às 10h17.

A Azul (AZUL4) apresentou prejuízo líquido de R$ 1,645 bilhão em balanço do terceiro trimestre, 26,7% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. O resultado trimestral foi divulgado na manhã desta quinta-feira, 10. Ajustado por resultados não realizados de derivativos e taxa de câmbio, o prejuízo líquido da Azul no terceiro trimestre foi de R$ 527 milhões, 31,2% menor na comparação anual.

A redução do prejuízo teve como pano de fundo a melhora do resultado operacional, que foi positivo em R$ 403 milhões, 196% superior ao do terceiro trimestre de 2021. A receita líquida subiu 61% no período para R$ 4,377 bilhões, equanto as despesas operacionais aumentaram 53% para R$ 3,973 bilhões. O custo cokm combustível de aviação foi o que teve maior salto, de 116% para R$ 1,9 bilhão no trimestre.

Essa alta do combustível foi compensada por passagens mais caras, com a tarifa média crescendo 49% para R$ 558,3. No período, a receita de passageiros bateu recorde, com alta de 69,7% em uma capacidade 19,5% maior.

Apesar dos ventos favoráveis, o resultado financeiro, mais uma vez, destruiu o balanço da Azul. O prejuízo financeiro ficou em R$ 2 bilhões, anulando todo o ganho operacional da companhia no trimestre. Desse total, R$ 727 milhões foram em perdas pela variação monetária e cambial, 51% abaixo do mesmo período do ano passado. Por outro lado, as despesas financeiras líquidas, que envolvem gastos com a dívida, subiu 30% para R$ 1,170 bilhão.

O aumento da despesa financeira, segundo a Azul, foi derivado "principalmente dos juros de R$660,0 milhões reconhecidos sobre arrendamentos e do aumento do CDI no período para uma média anual de 13,7%". Já a perda cambial teve impacto em passivos de arrendamento e em empréstimos em moeda estrangeira. A Azul encerrou o terceiro trimestre com dívida líquida de 17,927 bilhões, 14,20% superior na comparação anual.

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