Assaí: a lei brasileira estabelece que, em casos de contingências fiscais, ambas as empresas podem ser responsáveis por qualquer cobrança de pagamento (Paulo Whitaker/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 14 de outubro de 2024 às 14h49.
As ações do Assaí (ASAI3) lideram a alta do Ibovespa na tarde desta segunda-feira, 14. Os papéis subiam 5,66%, sendo negociados por R$ 7,10. O mercado repercute a decisão da Receita Federal que cancela bloqueio de R$ 1,265 bilhão da varejista em razão de contingências tributárias em discussão da Companhia Brasileira de Distribuição (GPA).
No comunicado divulgado pelo Assaí no sábado, a empresa afirmou que GPA reconheceu ser responsável por suas próprias contingências tributárias e deverá indenizar e "manter o Assaí indene" por qualquer prejuízo decorrente disso.
Após a cisão da Assaí e do GPA em dezembro de 2020, as empresas concordaram que nenhum passivo anterior à cisão seria compartilhado pelas empresas. Ou seja, apenas o GPA se responsabilizaria pelo pagamento do passivo tributário.
No entanto, a lei brasileira estabelece que, em casos de contingências fiscais, ambas as empresas podem ser responsáveis por qualquer cobrança de pagamento.
O Assaí entrou na mira da Receita Federal no final de setembro e a empresa disse que contestaria a decisão na Justiça. No mês passado, O GPA afirmou que seguiria cumprindo as obrigações e cooperando com o Assaí para o pleno atendimento de demandas apresentadas pela Receita Federal.
Além disso, reiterou que as contingências tributárias do GPA, inclusive aquelas que deram causa ao termo de arrolamento de bens, já estão adequadamente refletidas em nas demonstrações financeiras, conforme as normas contábeis aplicáveis.