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Após mês de ganhos, Bovespa abre em forte baixa

Com turbulências externas, após a Grécia propor um referendo, o Ibovespa abriu com perda de 3,66%

Os mercados financeiros globais estão atordoados com a falta de solução da dívida grega (Sean Gallup/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 10h39.

São Paulo - Após o melhor desempenho mensal da renda variável brasileira em quase dois anos e meio, a Bolsa de Valores de São Paulo ( Bovespa ) inicia novembro em forte baixa. Hoje, os mercados financeiros globais estão atordoados após a Grécia propor um referendo para que o povo decida sobre a renegociação da dívida do país. A situação no mercado foi agravada pelo indicador divulgado mais cedo, que mostra queda da atividade industrial na China. Diante desse cenário, o índice Bovespa (Ibovespa) perdia 3,66%, aos 56.203 pontos, às 11h22.

"Hoje o dia começou feio. Está tudo caindo", resume o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia. Para ele, os investidores criaram uma expectativa favorável quanto a uma solução para a crise europeia das dívidas soberanas, "mas os problemas estruturais ficaram". "O fato de colocar dinheiro não significa que a questão foi resolvida."

E, agora, pode haver um retrocesso nas negociações entre os líderes europeus. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, pedirá aos cidadãos do país que decidam se querem continuar com o acordo sobre a renegociação do endividamento, via um plebiscito. O referendo não deve ocorrer antes de janeiro e pesquisas revelam que 60% da população grega é contra um acordo. "São medidas impopulares, de difícil aceitação", comenta Gouveia.

Para piorar, a atividade industrial na China quebrou uma sequência de dois meses consecutivos de alta e caiu de 51,2 pontos em setembro para 50,4 pontos em outubro, indicando que o ritmo da manufatura sentiu as medidas de aperto monetário adotadas por Pequim e também foi impactada pela desaceleração do crescimento global.

Aqui no Brasil, a produção industrial brasileira caiu 2% em setembro ante agosto, situando-se dentro do intervalo das expectativas dos analistas consultados pela Agência Estado, mas com uma queda maior do que a apontada pela mediana projetada, de 1,30%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo da atividade fabril foi um movimento generalizado, atingindo 16 dos 27 ramos industriais e três das quatro categorias de uso. As perdas foram mais intensas nos setores ligados à produção de bens de consumo duráveis e de bens de capital.

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"Hoje o dia começou feio. Está tudo caindo", resume o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia. Para ele, os investidores criaram uma expectativa favorável quanto a uma solução para a crise europeia das dívidas soberanas, "mas os problemas estruturais ficaram". "O fato de colocar dinheiro não significa que a questão foi resolvida."

E, agora, pode haver um retrocesso nas negociações entre os líderes europeus. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, pedirá aos cidadãos do país que decidam se querem continuar com o acordo sobre a renegociação do endividamento, via um plebiscito. O referendo não deve ocorrer antes de janeiro e pesquisas revelam que 60% da população grega é contra um acordo. "São medidas impopulares, de difícil aceitação", comenta Gouveia.

Para piorar, a atividade industrial na China quebrou uma sequência de dois meses consecutivos de alta e caiu de 51,2 pontos em setembro para 50,4 pontos em outubro, indicando que o ritmo da manufatura sentiu as medidas de aperto monetário adotadas por Pequim e também foi impactada pela desaceleração do crescimento global.

Aqui no Brasil, a produção industrial brasileira caiu 2% em setembro ante agosto, situando-se dentro do intervalo das expectativas dos analistas consultados pela Agência Estado, mas com uma queda maior do que a apontada pela mediana projetada, de 1,30%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo da atividade fabril foi um movimento generalizado, atingindo 16 dos 27 ramos industriais e três das quatro categorias de uso. As perdas foram mais intensas nos setores ligados à produção de bens de consumo duráveis e de bens de capital.

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