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Americanas (AME3) sofre prejuízo de quase R$ 1 bilhão com ataque hacker

No dia 19 de fevereiro, a Americanas sofreu um ataque hacker que impediu o funcionamento do site por cinco dias.

(Leandro Fonseca/Exame)
CC

Carlo Cauti

Publicado em 13 de maio de 2022 às 17h51.

Última atualização em 13 de maio de 2022 às 18h08.

A Americanas (AME3) teve um prejuízo de quase R$ um bilhão por causa do ataque hacker sofrido no final de fevereiro.

No dia 19 de fevereiro, a Americanas sofreu um ataque hacker que impediu o funcionamento do site por cinco dias.

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Isso tirou os sites da empresa do ar, provocando um prejuízo de R$ 923 milhões em vendas não realizadas.

A Americanas divulgou esse valor no balanço do primeiro trimestre, divulgado nesta sexta-feira (13), na linha “incidente de segurança (perda de venda)”.

O montante de quase R$ um bilhão foi muito superior as previsões feitas por analistas do mercado, que acreditavam que a Americanas sofreria um prejuízo de R$ 250 milhões por causa do acidente.

Entretanto, o fluxo de transações da Americanas registrou um crescimento no ritmo desde o terceiro trimestre do ano passado, e no primeiro trimestre de 2022 cresceu 20,1%.

E isso acabou sendo um fator de prejuízo maior para a empresa por causa dessa interrupção das vendas.

Segundo a Americanas, "a plataforma de eCommerce apresentou crescimento de 20,1% (1P: +24,3% e 3P: +16,9%), novamente acima da média dos nossos concorrentes, mesmo diante de uma base desafiadora (+89% no 1T21) e dos impactos do incidente de segurança ocorrido em fevereiro".

Resultado da Americanas (AME3)

A Americanas registrou um prejuízo líquido de R$ 137,3 milhões no primeiro trimestre de 2022.

A empresa teve uma melhora de 38,8% ante o resultado do mesmo período de 2021, que foi de R$ 224,3 milhões.

Esse resultado, porém, desconsidera efeitos considerados não recorrentes.

"Desconsiderando os efeitos não recorrentes do ágio da Local, no valor de R$ 100,9 milhões, o resultado líquido seria de R$ 238,2 milhões", salientou a empresa no documento.

O lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado foi de R$ 659,8 milhões, alta de 57,9% em relação aos primeiros três meses de 2021.

Segundo a Americanas, esse foi o maior EBITDA da história para o período.

"Apesar do impacto negativo da inflação nas despesas, os ganhos com as sinergias da combinação de negócios (entre Americanas e B2W), a monetização da Ame e as iniciativas de crescimento sustentável geraram uma evolução de 1,9 p.p na margem EBITDA versus o primeiro trimestre de 2021, totalizando 9,8%", indicou a varejista no relatório de resultados.

O lucro bruto atingiu R$ 2,1 bilhões, com avanço de 30,0%, enquanto a margem bruta atingiu 30,5% da receita líquida.

A receita líquida da Americanas foi de R$ 6,765 bilhões, alta de 28,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

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