Azul (Paulo Fridman/Getty Images)
Paula Barra
Publicado em 23 de março de 2021 às 10h31.
Última atualização em 23 de março de 2021 às 10h55.
As ações das aéreas voltam a figurar entre as maiores quedas do Ibovespa nesta terça-feira, 23. No radar, o Morgan Stanley cortou hoje a recomendação dos American Depositary Receipts (ADRs), ou recibos de ações negociados no mercado americano, da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4).
Quer mudar de carreira e não sabe por onde começar? Conheça as Jornadas de Finanças e Negócios
A classificação dos papéis passou de equal-weight (equivalente a neutra) para underweight (equivalente a venda).
Às 10h30, os papéis da Gol recuavam 3,77%, puxando as perdas do índice, enquanto os da Azul registravam desvalorização de 2,59% e figuravam como a segunda maior baixa.
Em relatório, os analistas do banco comentam que a revisão ocorre devido ao ambiente difícil para demanda de passageiros no médio prazo, alta queima de caixa (com aumento dos custos dos combustíveis/desvalorização do real frente ao dólar) e valuation em patamar não atrativo.
Ontem, os papéis das companhias também registraram fortes baixas, em meio à piora da pandemia de coronavírus no país e preocupação dos investidores quanto à recuperação do setor de aviação, mais dependente da retomada econômica. Nas últimas duas sessões, as ações da Azul e Gol acumulam perdas de 7,7% e 6,3%, respectivamente.
Na semana passada, a Gol divulgou a atualização de suas operações no primeiro trimestre e anunciou que espera que seus voos no mês de março sejam cerca de 40% do número reportado no mesmo período do ano passado. Esse número mostra uma redução frente os 48% em fevereiro e 59% em janeiro.
Diante da redução na demanda por viagens aéreas por conta da pandemia, a companhia diminuiu ainda mais sua oferta, passando a operar este mês cerca de 250 voos por dia. Para o primeiro trimestre, a Gol projeta uma queima de caixa líquida de 3 milhões de reais diários.