Ações e economia devem sofrer mais antes que Fed recue, diz BofA
É um ano volátil marcado por temores de uma recessão, com o Fed inflexível em sua determinação de controlar os preços
Bloomberg
Publicado em 14 de outubro de 2022 às 10h23.
As bolsas e a economia dos EUA terão que sofrer mais antes que o Federal Reserve abandone sua política agressiva de aperto monetário, de acordo com estrategistas do Bank of America.
O rali de quinta-feira das ações americanas após umnúmero alto de inflaçãoveio em meio a condições de sobrevenda, altos níveis de caixa e falta de um evento de crédito, disseram estrategistas liderados por Michael Harnett em nota. É um ano volátil marcado por temores de uma recessão, com o Fed inflexível em sua determinação de controlar os preços.
Foi um “belo rali de alívio”, mas as mínimas não serão alcançados até 2023, escreveram os estrategistas. Mais agruras econômicas e de mercado serão necessárias antes que o Fed recue, disseram.
O estrategista do Barclays, Emmanuel Cau, disse na sexta-feira que o posicionamento defensivo e um “forte sentimento de baixa” podem ajudar as ações a se recuperarem dos níveis de sobrevenda, mas que “os fundamentos de crescimento e política monetária continuam desfavoráveis a uma alta sustentada”.
Para os estrategistas do BofA, a melhor aposta quando as ações atingirem suas mínimas no próximo ano será ficar vendido em dólar e comprado em uma carteira com 60% em renda variável e 40% em renda fixa. O indicador de alta e baixa personalizado do banco permanece no nível máximo de baixa, muitas vezes considerado como um sinal de que é hora de comprar.
Os fundos de ações globais registraram cerca de US$ 300 milhões de entradas na semana até 12 de outubro, disse o banco, citando dados da EPFR Global. Os fundos de alta liquidez tiveram ingressos de US$ 100 milhões, enquanto US$ 9,8 bilhões foram resgatados da renda fixa, e o ouro teve resgates de US$ 300 milhões.
Nos EUA, os fundos de ações tiveram entradas de US$ 5,2 bilhões na semana mais recente, enquanto os da Europa registraram saídas pela 35ª semana consecutiva, disse o BofA.