Ações da Sky saltam com Comcast e Fox em batalha de ofertas
As ações da Sky chegaram a 15,41 libras nesta quinta-feira, avaliando a empresa em 26,4 bilhões de libras (35 bilhões de dólares)
Reuters
Publicado em 12 de julho de 2018 às 13h21.
Londres - As ações da Sky saltaram para o maior nível em 18 anos nesta quinta-feira, com os investidores apostando que a disputa pelo grupo europeu de TV a cabo prosseguirá, depois que a oferta de 34 bilhões de dólar es da Comcast superou a proposta feita por Rupert Murdoch apenas algumas horas antes.
A Comcast, maior grupo de entretenimento do mundo, disse na quarta-feira que tinha o apoio dos diretores independentes da Sky para uma oferta de 14,75 libras por ação, apenas 16 horas depois que a Twenty-First Century Fox ofereceu 14 libras por ação.
A velocidade com que Brian Roberts, da Comcast, fez a contraproposta mostra quão determinado ele está em comprar a britânica Sky, que transmite esportes, filmes e programas de TV para 23 milhões de lares em toda a Europa.
As ações da Sky chegaram a 15,41 libras nesta quinta-feira, avaliando a empresa em 26,4 bilhões de libras (35 bilhões de dólar es), conforme os investidores apostavam que os concorrentes teriam de pagar mais para garantir a vitória.
As ações da Sky subiram 95 por cento desde que a Fox fez sua primeira oferta em 2016, e tiveram uma alta de 55 por cento em 2017.
A briga é parte de uma batalha maior travada na indústria do entretenimento, já que o crescimento do Netflix e da Amazon está forçando os gigantes da mídia tradicional a gastarem dezenas de bilhões de dólar es para acompanhar o ritmo.
A Comcast e a Walt Disney travaram outra batalha de 70 bilhões de dólar es para comprar a maior parte dos ativos da Fox, incluindo a Sky, e a Disney está apoiando Murdoch em sua busca pela empresa britânica. Murdoch possui 39 por cento da Sky, que ele ajudou a fundar.
O impasse coloca os maiores nomes do setor uns contra os outros, com Roberts, a família Murdoch e Bob Iger, da Disney, envolvidos em um jogo multibilionário de xadrez para reformular o negócio de entretenimento global.