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Ações da Gol disparam 12% com compra de jatos da Boeing

Companhia anunciou mais cedo contrato para compra de mais 15 jatos Boeing 737-MAX 8 e a conversão de 30 pedidos atuais do modelo MAX 8 para 737 MAX 10

Gol: presidente da companhia afirmou que a aquisição reforça a estratégia de reduzir custos operacionais (Paolo Fridman/Bloomberg)

Gol: presidente da companhia afirmou que a aquisição reforça a estratégia de reduzir custos operacionais (Paolo Fridman/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 16 de julho de 2018 às 15h36.

Última atualização em 16 de julho de 2018 às 15h44.

São Paulo - As ações da Gol disparavam 12 por cento nesta segunda-feira, liderando os ganhos do Ibovespa, tendo no radar anúncio de encomenda de novos aviões e relatório do Goldman Sachs com recomendação "neutra" para os papéis, mas enxergando possibilidade de empresa elevar preços de passagens aéreas em 2019.

Às 15:17, as ações preferenciais da companhia aérea tinham alta de 12 por cento, 12,55 a reais, seguida pela sua controlada Smiles, com elevação de 3,3 por cento. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,1 por cento.

Considerando dados de fechamento, as ações da Gol acumulam queda de mais de 50 por cento desde a máxima do ano em 6 de abril (23,89 reais) até o pregão de sexta-feira.

A Gol anunciou mais cedo contrato para compra de mais 15 jatos Boeing 737-MAX 8 e a conversão de 30 pedidos atuais do modelo MAX 8 para 737 MAX 10, garantindo uma capacidade adicional de 30 assentos.

No comunicado sobre o anúncio, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, afirmou que a aquisição reforça a estratégia de reduzir custos operacionais, enquanto a capacidade adicional proporcionará à Gol vantagem competitiva em custo.

O Goldman Sachs começou a cobertura das ações da Gol com preço-alvo de 11,70 reais, citando que o pano de fundo macroeconômico incerto no Brasil está no preço da ação, embora a recente volatilidade do real e a alta do petróleo implicam em recuperação mais irregular do que inicialmente esperado no Brasil.

A equipe do Goldman citou, contudo, que a Gol será capaz de elevar preços em 2019 até certo ponto, o que deve implicar margens ligeiramente maiores para a companhia apesar do ambiente macro desafiador.

"Nos últimos anos a (rival) Latam tem sido mais racional (reduzindo capacidade), o que nos faz acreditar que ambas as companhias aéreas (Gol e Latam) serão capazes de elevar preços em 2019", afirmaram os analistas do Goldman Sachs.

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