Loja do Magazine Luiza em São Paulo: processo seletivo apenas para pessoas negras (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter Exame IN
Publicado em 16 de maio de 2023 às 12h01.
Última atualização em 16 de maio de 2023 às 17h49.
O maior prejuízo do Magazine Luiza (MGLU3) desde seu IPO (em 2011) não passou incólume pelos investidores. A ação caiu 22,83% nesta terça-feira, 16.
No primeiro trimestre, a companhia registrou uma perda líquida de R$ 391 milhões. Os números ficaram abaixo das expectativas dos analistas de mercado, como Goldman Sachs e BTG Pactual (grupo controlador da EXAME).
Como observa o Goldman Sachs, a tributação ligada ao Difal pesou sobre as margens da companhia. O Difal é cobrado nas transações interestaduais e o Supremo Tribunal Federal determinou a cobrança a partir de 2022.
Para os analistas do BTG, os resultados foram mais fracos do que o esperado e pressões macro ainda vão pesar no curto prazo.
“Ainda que o Magazine Luiza deva se beneficiar da gradual migração de GMV de Americanas, dada a sobreposição de categorias, a abordagem mais racional nas taxas de take rate e seu modelo de negócios multicanal para alavancar a operação de marketplace, bem como os possíveis cortes nas taxas de juro no Brasil, continuamos vendo os ventos contrários acima após números mais fracos que o esperado no primeiro trimestre, enquanto a evolução da lucratividade e do fluxo de caixa livre deve ser a chave para o desempenho das ações nos próximos trimestres”, diz o banco em relatório.
A favor da companhia, porém, estão o crescimento do marketplace e a perspectiva de impacto positivo da renovação da parceria com o BNP Paribas Cardif na operação de seguros. A companhia deve receber um reforço de caixa de R$ 850 milhões em menos de 30 dias, o que deve ajudar na última linha do balanço do segundo trimestre.