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1 milhão de mulheres já investe na bolsa de valores

Número de contas femininas na B3 atingiu a marca nesta terça-feira, 4. Elas já são 27% do total de investidores

Avanço é inegável. Contudo, homens ainda representam 70% do número total (d3sign/Getty Images)

Avanço é inegável. Contudo, homens ainda representam 70% do número total (d3sign/Getty Images)

Marília Almeida

Marília Almeida

Publicado em 4 de maio de 2021 às 15h15.

Última atualização em 4 de maio de 2021 às 17h32.

As mulheres avançam como investidoras na bolsa de valores. De acordo com dados da B3, o número de contas femininas atingiu a marca de 1 milhão nesta terça-feira, 4. Isso faz com que, do total de aplicadores em ações e outros produtos oferecidos na B3, elas já totalizem 27%. No início da série histórica, em 2002, as mulheres somavam 17,6%.

A faixa etária predominante é a de mulheres entre 26 a 35 anos, que são 322.980 pessoas. Elas são seguidas pela faixa de 36 a 45 anos, na qual há um total de 264.982.

A partir de 26 anos, quanto mais velha, menor a participação delas no mercado. A força de mulheres mais jovens é tamanha que o grupo entre 16 a 25 anos que investe na B3 já quase se iguala ao número das mulheres que têm entre 56 e 65 anos.

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A presença feminina passou a ganhar mais força a partir de 2018, em linha com o ambiente favorável de queda na taxa básica de juros. No início daquele ano haviam 179.000 mulheres cadastradas na B3, número que saltou para 1.007.982 neste mês.

Carol Paiffer, CEO da escola de traders Atom e líder do grupo "Rumo a Milhões de Investidoras", que tem o objetivo de aumentar o número de mulheres que investem em ações, comemora a marca esperada pelo movimento. Criado em 2005, ele dá dicas de investimento às mulheres nas redes sociais e tem o apoio da EXAME Academy e do Mulheres Positivas.

"A intenção de incentivar mulheres a investir é, claro, para que elas tenham maior independência financeira. Mas também é importante porque nós somos um agente de transformação. Se aprendermos mais a investir temos o potencial de mudar a cultura do país, já que ainda passamos mais tempo com filhos e podemos ensinar os primeiros passos no mundo dos investimentos para as novas gerações", afirma Carol Paiffer.

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