COE: renda variável com a segurança da renda fixa
Com os Certificados de Operações Estruturadas, é possível investir de maneira segura e com rendimentos mais altos
Ana Carolina Pereira
Publicado em 24 de julho de 2019 às 10h00.
Última atualização em 24 de julho de 2019 às 10h00.
Existe uma modalidade de investimento que mescla os benefícios da renda fixa e da renda variável. De um lado, é seguro. De outro, garante que parte do dinheiro participe dos fundos de ações, com amplas possibilidades de rendimento. Nos Estados Unidos e na Europa, esse produto é conhecido como Nota Estruturada e forma um mercado de mais de 3 trilhões de reais. No Brasil, o nome é diferente: Certificado de Operações Estruturadas (COE).
De acordo com Jerson Zanlorenzi, responsável pela mesa de renda variável e derivativos do BTG Pactual digital, os COEs foram regulamentados no Brasil há cinco anos e têm agradado a dois perfis de investidores em especial. “O primeiro é aquele cliente que nunca investiu em renda variável, porque não tolera prejuízo, mas quer ter o primeiro contato com esse mercado. O segundo é aquele investidor que quer participar do mercado de ações no exterior.”
Normalmente, para comprar ações no mercado internacional, é preciso abrir uma conta-corrente em outro país, depositar dinheiro e pagar as taxas e a manutenção da conta. “Com o COE, nada disso é necessário. O investidor pode comprar um ativo no exterior ou mesmo entrar para o mercado de commodities, com valores mínimos mais baixos”, afirma Zanlorenzi.
Nos Estados Unidos, muitas vezes, um cidadão precisa dispor de 1 milhão de dólares para adquirir um lote de ações de determinada empresa, por exemplo. “Com o COE, um brasileiro pode ter acesso a esse mercado com apenas 10 000 reais, porque a corretora reúne os valores de diferentes investidores e forma um pacote robusto”, diz o responsável pela mesa de renda variável do BTG Pactual digital. Outro benefício é a flexibilidade: o cliente pode montar um pacote de ações e commodities que mais lhe agrade.
Qual é o prazo mínimo para retirar o dinheiro? Com a diminuição constante das taxas de juros, o mercado vem se adaptando. “Antes, o prazo mais comum era cinco anos. Agora, temos feito COEs de um ou dois anos”, ressalta.
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Facilidades
Além do prazo mais curto, o BTG Pactual digital trabalha com COEs cujo capital nominal é 100% protegido, o que significa que, na pior das hipóteses, o dinheiro aplicado é devolvido por inteiro. O banco oferece ainda uma plataforma muito amigável para acompanhar os rendimentos. “Não é uma caixa-preta. O cliente vê os resultados numa única tela, muito simples”, afirma Zanlorenzi.
Existe também a opção de autocallable, que analisa o rendimento do pacote de ações a cada seis meses e, caso todas estejam em alta, paga um cupom ao investidor. A outra modalidade, o COE alta alavancada, paga, no final do prazo, duas vezes o valor do rendimento do fundo. O valor mínimo para investir nos COEs, no BTG Pactual digital, é 5 000 reais.
Assim como acontece com os produtos de renda fixa, os COEs são taxadas pelo Imposto de Renda, com tabela regressiva, que prevê desconto de 15% para investimentos acima de 720 dias – o maior percentual, 22,5%, incide sobre os investimentos com prazo menor que 180 dias. Esses produtos não possuem garantia do Fundo Garantidor de Créditos, o que significa que é fundamental pesquisar sobre a saúde financeira do banco ou da corretora antes de contratar o serviço.
Feita a contratação, acompanhe o mercado sem sofrimento: como o COE não possui liquidez diária, não é preciso monitorar cada variação de cada ação adquirida. Em outras palavras, esse tipo de investimento permite a realização, de forma simples, de aplicações financeiras bastante sofisticadas e a um preço acessível.