As ações recomendadas pelo BTG para aproveitar a reabertura econômica
Com a aceleração da vacinação e o aumento da mobilidade, analistas do banco criaram um portfólio com ativos que devem ter bom desempenho a partir de agora
Vanessa Daraya
Publicado em 1 de julho de 2021 às 15h01.
Última atualização em 1 de julho de 2021 às 15h02.
O BTG Pactual digital lançou nesta quinta-feira, 1º, um relatório com recomendações de ativos para os investidores que desejam aproveitar o processo de reabertura da economia para aumentar seus rendimentos. Com a previsão de avanço da vacinação no país ao longo do segundo semestre, a tendência é que algumas ações apresentem um bom desempenho.
No relatório, os analistas do BTG explicam que nos Estados Unidos, por exemplo, esse movimento já aconteceu. As ações de empresas ligadas à reabertura tiveram desempenho acima do índice durante a fase de aceleração da vacinação.
Pensando nesse cenário, a dica dos analistas — tanto do ponto de vista da análise técnica quanto fundamentalista — é apostar em setores que sofreram com as restrições impostas pela pandemia de covid-19 desde 2020. A carteira estruturada pelo banco considera dez ações, distribuídas pelos seguintes setores:
- Varejo (50%)
- Shoppings (15%)
- Educação (10%)
- Saúde (10%)
- Distribuição de combustível (10%)
- Transporte aéreo (5%)
As ações recomendadas
Entre as ações recomendadas pelos analistas do BTG, destacamos três. São elas: Aliansce Sonae (ALSO3), Lojas Renner (LREN3) e Lojas Americanas (LAME3). Isso porque representam setores (shoppings e varejo) com forte composição no portfólio de reabertura estruturado pelo banco.
Shoppings foram muito impactados pela crise e devem ser um dos grandes beneficiados com a retomada econômica. No relatório, os analistas explicam que a companhia tem um bom posicionamento de seus shoppings e manteve uma boa taxa de ocupação, mas com um desempenho aquém do resto do setor. A ação está 40% abaixo dos níveis anteriores à pandemia. A Taxa Interna de Retorno (TIR) implícita real é de 8%, enquanto os demais estão entre 6% e 7%.
A Lojas Renner se destaca por ser um player de alta qualidade, mas sofreu durante a pandemia por não ter um e-commerce forte. Com a reabertura das lojas e iniciativas omnichannel, os analistas do BTG enxergam a companhia bem estabelecida nesse momento de recuperação e com potencial para crescer no 2T21, em comparação ao 2T19. Também destacam que o papel está 20% abaixo dos níveis anteriores à pandemia.
Por sua vez, a Lojas Americanas deve ter aumento de tráfego nas lojas com a reabertura para o setor de varejo. A proposta de combinação de negócios da Americanas com a B2W também deve resultar em sinergias interessantes. Além disso, os analistas explicam que há um grande desconto de holding para o papel (34%).