Salto do mercado financeiro nacional obriga empresas do setor a buscarem mais profissionais capacitados (StartupStockPhotos/PixaBay/Divulgação)
A bolsa de valores brasileira ganhou força nos últimos anos devido, principalmente, à baixa atratividade de ativos de renda fixa, que tiveram queda na rentabilidade por causa dos seguidos cortes na taxa básica de juros (Selic), que está em 5,25% ao ano. Segundo dados da B3 (Brasil, Bolsa, Balcão), em maio o número de investidores chegou a 3,773 milhões. Há exatos dez anos, o número de pessoas físicas que investiam em renda variável era de 583 mil.
Este salto do mercado financeiro nacional, consequentemente, obriga as empresas do setor, como casas de análises, bancos e corretoras, a buscarem mais profissionais capacitados. Ou seja, profissões como as de planejador financeiro e especialista em investimentos ganharam mais força. E ter um certificado que ateste uma dessas qualificações é essencial para sair na frente na hora de concorrer a uma vaga.
Existe diferença entre planejador financeiro e especialista em investimentos?
Sim! Apesar de, à primeira vista, parecer que essas duas profissões podem ser a mesma coisa, não são. Para ser um planejador financeiro credenciado, você precisa ter a certificação CFP (Certified Financial Planner, na sigla em inglês), vista pelo mercado de trabalho como um grande diferencial e essencial para quem busca trabalhar com gestão de patrimônio de clientes.
O profissional que obtém o CFP automaticamente comprova que possui qualificações e conhecimentos teóricos e práticos sobre planejamento financeiro e investimentos. A certificação foi criada nos Estados Unidos e está presente em 26 países.
A Associação dos Planejadores Financeiros (Planejar) é a responsável pela certificação no Brasil. Ela classifica o CFP como “uma certificação internacional de distinção, de caráter não obrigatório, que prepara o profissional para o exercício da atividade de planejador financeiro pessoal”.
Em suma, esse profissional é um especialista em finanças pessoais e empresariais. Ele tem como objetivo organizar as finanças de terceiros, além de assessorar clientes em investimentos e gerenciar valores a fim de atingir metas financeiras de vida de seus assessorados.
Para obter o certificado, é imprescindível a aprovação no exame (prova), a comprovação de experiência profissional no atendimento direto a um cliente pessoa física por 3 anos ou, após passar na prova, fazer um ano de trabalho profissional supervisionado por uma pessoa que já possui CFP. Além disso, o candidato precisa aderir ao Código de Conduta Ética e Responsabilidade do Candidato e comprovar que possui curso de nível superior.
A CEA (Certificação de Especialista em Investimentos Anbima) dá o direito de profissionais do mercado financeiro atuarem como especialistas em investimentos. Após conseguir o certificado, o profissional pode passar a recomendar produtos de investimentos para clientes em diversos segmentos, além de assessorar gerentes de contas.
Vale destacar que esse profissional não pode realizar análises e fazer recomendações de compra e venda no mercado acionário. Alguns dos produtos que ele pode indicar aos clientes são: CDBs, debêntures, fundos, renda fixa e tesouro direto. O exame é composto por 70 questões e abrange temas como:
Com exceção de janeiro e dezembro, as provas da CEA acontecem duas vezes por mês. O CFP, por sua vez, só acontece três vezes no ano, em abril, agosto e dezembro. Uma curiosidade é que tanto na CEA quanto no CFP o profissional precisa “renovar” sua certificação, realizando cursos credenciados ao longo dos anos.
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