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Zuckerberg lança Llama 3.1 de graça; inteligência artificial é tida como uma das mais poderosas

Considerado um dos melhores modelos de IA do mundo, ele pode ser acesso sem custo. A decisão destaca a abordagem aberta da empresa, mas levanta debates sobre segurança

Mark Zuckerberg: CEO da Meta (JOSH EDELSON/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 23 de julho de 2024 às 14h00.

Última atualização em 23 de julho de 2024 às 14h27.

Meta anunciou na terça-feira, 23, a versão mais recente do seu modelo de inteligência artificial (IA) Llama, apelidado de Llama 3.1. A mais nova tecnologia Llama vem em três versões diferentes, com uma variante sendo o maior e mais capaz modelo de IA da Meta até o momento.

Como as versões anteriores do Llama, o modelo mais novo continua sendo de código aberto, o que significa que pode ser acessado gratuitamente.

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O novo modelo de grande linguagem, ou LLM, ressalta o enorme investimento da rede social em acompanhar os gastos em IA de startups de alto nível como OpenAI e Anthropic e outros gigantes da tecnologia como Google e Amazon.

A empresa não revelou o custo de desenvolvimento do Llama 3.1, mas Mark Zuckerberg, CEO da Meta, informou recentemente aos investidores que a companhia está investindo bilhões no desenvolvimento de IA.

Através deste lançamento, a Meta demonstra que a abordagem fechada, favorecida pela maioria das empresas de IA, não é a única maneira de desenvolver inteligência artificial. No entanto, a empresa se coloca no centro do debate sobre os perigos de liberar IA sem controles. A Meta treina o Llama de maneira a prevenir a produção de conteúdos nocivos por padrão, mas o modelo pode ser modificado para remover essas proteções.

Meta afirma que o Llama 3.1 é tão inteligente e útil quanto as melhores ofertas comerciais de empresas como OpenAI, Google e Anthropic. Em certos benchmarks que medem o progresso da IA, a Meta diz que o modelo é a inteligência artificial mais inteligente do mundo.

Mudança no jogo

Em uma carta aberta publicada com o lançamento do novo modelo, Zuckerberg comparou o Llama ao sistema operacional de código aberto Linux.

Quando o Linux ganhou popularidade no final dos anos 90 e início dos anos 2000, muitas grandes empresas de tecnologia investiam em alternativas fechadas e criticavam o software de código aberto como arriscado e não confiável. Hoje, no entanto, o Linux é amplamente utilizado em computação em nuvem e serve como núcleo do sistema operacional móvel Android.

“Acredito que a IA se desenvolverá de maneira semelhante”, escreve Zuckerberg em sua carta. “Hoje, várias empresas de tecnologia estão desenvolvendo modelos líderes fechados. Mas o código aberto está rapidamente fechando essa lacuna.”

O novo modelo Llama tem 405 bilhões de parâmetros, ou elementos ajustáveis. A Meta já lançou duas versões menores do Llama 3, uma com 70 bilhões de parâmetros e outra com 8 bilhões. Hoje, a empresa também lançou versões atualizadas desses modelos, marcadas como Llama 3.1.

Llama 3.1 é grande demais para ser executado em um computador comum, mas a Meta afirma que muitos provedores de nuvem, incluindo Databricks, Groq, AWS e Google Cloud, oferecerão opções de hospedagem para permitir que os desenvolvedores executem versões personalizadas do modelo. O modelo também pode ser acessado em Meta.ai.

Ao contrário dos modelos mais recentes da OpenAI e Google, o Llama não é “multimodal”, o que significa que não foi construído para lidar com imagens, áudio e vídeo. Mas a Meta afirma que o modelo é significativamente melhor em usar outros softwares, como um navegador da web, algo que muitos pesquisadores e empresas acreditam que pode tornar a IA mais útil.

Conheça os principais laboratório de pesquisa em IA

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