Inteligência Artificial

OpenAI compra a startup polonesa Neptune, de aprimoramento de IAs

Empresa fundada na Polônia, com cerca de 60 funcionários, deixará de atender clientes como Samsung e HP após integração

Sam Altman: CEO da OpenAI (Justin Sullivan/Getty Images)

Sam Altman: CEO da OpenAI (Justin Sullivan/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 17h19.

Última atualização em 3 de dezembro de 2025 às 17h22.

A OpenAI anunciou nesta quarta-feira, 3, a compra da Neptune, startup polonesa que desenvolve ferramentas para análise de progresso durante o treinamento de modelos de inteligência artificial. A operação será realizada em ações, mas os valores não foram divulgados. A empresa americana já utilizava os softwares da Neptune havia mais de um ano para conduzir experimentos e comparar versões de seus sistemas.

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À medida que modelos de IA se tornam mais complexos, o processo de treinamento, caro e decisivo, passou a definir tanto a velocidade de desenvolvimento quanto a detecção de falhas antes do lançamento. Nesse contexto, ferramentas de monitoramento e diagnóstico ganharam peso estratégico no setor, marcado por competição intensa entre grandes laboratórios.

Com sede na Polônia e cerca de 60 funcionários, a Neptune não terá toda a equipe absorvida pela OpenAI. Segundo a empresa, as ferramentas deixarão de ser disponibilizadas para terceiros, afetando clientes como Samsung Electronics, HP e a desenvolvedora de software Poolside. O pacote passará a ser usado exclusivamente pela compradora.

Integração reforça disputa por eficiência no treinamento de modelos

A Neptune, segundo seu site, criou um sistema rápido e preciso para analisar fluxos complexos de treinamento — etapa crítica que envolve depuração de erros, comparação de versões e acompanhamento de métricas de desempenho. Para Jakub Pachocki, cientista-chefe da OpenAI, o software permitirá “expandir a visibilidade sobre como os modelos aprendem”, segundo comunicado divulgado nesta quarta-feira.

A aquisição se soma a um movimento mais amplo de grandes empresas de IA, que buscam integrar internamente componentes antes oferecidos de forma aberta ao mercado, reduzindo dependências e reforçando margens competitivas.

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