Inteligência Artificial

Huawei vai desafiar Nvidia no mercado de chips para IA, diz WSJ

Dona do TikTok e Baidu estariam entre os primeiros clientes da nova peça

Batalha dos chips deve se intensificar nos próximos anos (Narumon Bowonkitwanchai/Getty Images)

Batalha dos chips deve se intensificar nos próximos anos (Narumon Bowonkitwanchai/Getty Images)

Publicado em 14 de agosto de 2024 às 10h41.

O mercado de chips de Inteligência Artificial deve ter uma disputa pesada entre gigantes daqui para frente. A chinesa Huawei está pronta para desafiar a Nvidia com um novo dispositivo - isso em meio às sanções dos EUA que buscam conter o progresso tecnológico da gigante chinesa da tecnologia.

De acordo com o Wall Street Journal, a Huawei disse a clientes que seu próximo processador, o Ascend 910C, está no mesmo nível do H100 da Nvidia. A Huawei está planejando o envio das peças já para outubro.

Os reguladores dos EUA impuseram, em 2022, restrições à Nvidia para impedir que a empresa vendesse chips de IA, incluindo o H100, na China, citando preocupações com a segurança nacional.

Clientes em potencial, incluindo empresas de internet chinesas e provedores de telecomunicações, já estão testando o chip Ascend 910C, disse a reportagem, acrescentando que a controladora do TikTok, ByteDance, Baidu e China Mobile estão entre os primeiros interessados para para comprá-lo.

No entanto, a Huawei está enfrentando atrasos na produção de seus chips atuais, disse o WSJ, acrescentando que a empresa também enfrenta a perspectiva de mais restrições dos EUA que podem impactar sua capacidade de obter componentes de máquinas e chips de memória para IA.

EUA x Huawei

Este é o mais recente sinal da capacidade da Huawei de combater os esforços americanos que visam restringir seu acesso à tecnologia avançada.

No ano passado, uma análise do smartphone Mate 60 Pro da Huawei revelou um chip feito pela principal fabricante de chips da China, a SMIC, que parecia suportar 5G, apesar das sanções dos EUA.

Um ressurgimento nos negócios de consumo da Huawei, que inclui smartphones e laptops, representa um desafio para a Apple na China, um dos maiores mercados da empresa.

A Apple foi eliminada da lista dos cinco principais fornecedores de smartphones na China no segundo trimestre à medida que a concorrência de marcas nacionais como a Huawei se intensificou, de acordo com um relatório da Canalys.

A Huawei tem estado no centro das sanções dos EUA destinadas a proteger as redes e cadeias de suprimentos dos EUA há tempos.  Em 2018, os EUA proibiram suas agências de obter equipamentos ou serviços da companhia chinesa, por exemplo.

Acompanhe tudo sobre:ChipsInteligência artificialHuaweiNvidia

Mais de Inteligência Artificial

Google lança Gemini Live para conversas em voz com IA avançada

Adicionar um amigo que não coube na selfie vira recurso do novo smartphone do Google

Dados da TSMC mostram que a IA pode enfrentar o seu maior desafio: a falta de pessoas

Rede social X enfrenta queixas na Europa sobre uso de dados pessoais

Mais na Exame