Inteligência Artificial

Definitivamente erramos, diz cofundador do Google sobre problemas no Gemini

Em evento público na Califórnia, Sergey Brin afirma que a nova ferramenta de IA do Google falhou por não ter passado pelos teste devidos

Sergey Brin: co-fundador do Google está ajudando a empresa a se tornar líder em inteligência artificial (Kelly Sullivan/Getty Images)

Sergey Brin: co-fundador do Google está ajudando a empresa a se tornar líder em inteligência artificial (Kelly Sullivan/Getty Images)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 5 de março de 2024 às 14h30.

Última atualização em 6 de março de 2024 às 08h26.

Sergey Brin, co-fundador do Google, participou de um evento sobre inteligência artificial (IA) em Hillsborough, na Califórnia, no sábado, 2, e respondeu algumas perguntas em um dos painéis do evento destinado a entusiastas de tecnologia.

O executivo, que se afastou do cargo de presidente da Alphabet em 2019, abordou o impacto da IA no futuro das buscas na internet e como o Google pode manter sua liderança frente ao crescimento contínuo da tecnologia, caso faça uma transição certeira em suas plataformas.

Junto do entusiasmo, ele também comentou sobre o lançamento problemático do gerador de imagens embutido no Gemini, que foi retirado após usuários denunciarem distorções e imprecisões em algumas representações históricas geradas pelo sistema.

“Definitivamente erramos na geração de imagens”, disse Brin no sábado. “Acho que foi principalmente devido a testes não completos. Definitivamente, por boas razões, incomodou muitas pessoas”.

Mas, em suas falas, Brin manteve o tom de fascínio pelo potencial da IA em evoluir ano após ano. A questão dos modelos de IA produzirem "alucinações" ou respostas falsas ainda é um problema significativo, segundo ele, mas com progressos sendo feitos para reduzi-las.

No tocante ao futuro da publicidade online e o modelo de negócios do Google, Brin se mostrou otimista, confiante na capacidade da empresa de se adaptar e continuar gerando valor. Ele também refletiu sobre os desafios do Google com hardware, especialmente lembrando o Google Glass, e expressou admiração pelos avanços recentes em realidade virtual e aumentada por outras empresas.

Brin foi cofundador do Google com Larry Page em 1998, mas deixou o cargo de presidente da Alphabet em 2019. Ele continua membro do conselho e principal acionista, com uma participação na empresa avaliada em cerca de US$ 100 bilhões. Ele voltou a trabalhar na gigante como parte de um esforço para ajudar a aumentar a posição do Google no mercado hipercompetitivo de IA.

Acompanhe tudo sobre:GoogleInteligência artificialChatGPT

Mais de Inteligência Artificial

OpenAI permite a partir de hoje nos EUA fazer chamadas gratuitas para ChatGPT

Executivos analisam desafios e oportunidades da IA nos negócios

A regulamentação da IA: como evitar a irrelevância tecnológica em meio à busca por equilíbrio

O gigante entra em cena: portfólio de IAs do Google termina 2024 turbinado