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Para ministro alemão, sem programa de reformas não há ajuda

"Não há espaço para ajudar o país sem um programa", afirmou o responsável pelo tesouro alemão sobre a Grécia, à entrada da reunião dos ministros da zona do euro


	O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble: o encontro antecede a cúpula do fim da tarde, que reunirá os chefes de Estado e de governo dos países que partilham a moeda única
 (Mandel Ngan/AFP)

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble: o encontro antecede a cúpula do fim da tarde, que reunirá os chefes de Estado e de governo dos países que partilham a moeda única (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2015 às 12h39.

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse hoje (7) que sem um programa de reformas não é possível ajudar a Grécia dentro da zona do euro.

"Não há espaço para ajudar o país sem um programa", afirmou o responsável pelo tesouro alemão, à entrada da reunião dos ministros da zona do euro, em Bruxelas.

O encontro antecede a cúpula do fim da tarde, que reunirá os chefes de Estado e de governo dos países que partilham a moeda única e que servirá para discutir o caminho a seguir após a vitória do não, no referendo de domingo (5), às últimas propostas dos credores.

O comissário europeu para o euro, Valdis Dombrovskis, disse que uma saída da Grécia da zona do  euro não está excluída se o governo de Tsipras não apresentar propostas concretas que permitam negociar um novo resgate.

Ao chegar para a reunião do Eurogrupo, o comissário afirmou que a reunião de hoje não tem como objetivo discutir uma saída da Grécia da zona do euro, mas admitiu que esse cenário não pode ser excluído.

"Se a confiança não for restabelecida, se nenhum programa de reformas credível for apresentado, esse cenário não pode ser excluído", admitiu Dombrovskis aos jornalistas. O chefe da diplomacia polaca mostrou-se convicto da permanência da Grécia na zona do euro, mas "sob duras condições" como as adotadas por outros países da região. "Do contrário, se poderia falar de tratamento desigual".

Para o ministro Grzegorz Schetyna, o cenário mais favorável para os interesses da Europa passa por evitar o grexit (Greece e exit, em inglês, saída da Grécia da zona do euro), mas com a imposição de regras fixas.

"É preciso ter em conta que se a Grécia sai, a crise pode durar anos, por isso vale a pena tentar sua permanência, afirmou Schetyna. Ele lembrou que outros países, como Portugal, Espanha ou Itália, adotaram as reformas necessárias e já encaram a saída da crise. Pesquisa publicada pelo jornal Le Parisien mostra que o povo francês é majoritariamente a favor da saída da Grécia da zona do euro, após o resultado do referendo de domingo.

Feita pelo Instituto Odoxa, o levantamento indica que depois de os gregos terem dito não às propostas dos credores e à austeridade, os franceses alteraram a sua opinião quanto à saída do país da zona do euro.

Os resultados mostram que 50% dos entrevistados são a favor de que a Grécia abandone o euro, e 49% defendem a manutenção na moeda única.

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