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Morte de ciclistas em SP cresce 34% em 2014

É o maior porcentual de crescimento já registrado na capital. Em números absolutos, foram 47 mortes

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Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2015 às 11h21.

São Paulo - O ano de 2014 registrou aumento de 34,3% no número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo . É o maior porcentual de crescimento já registrado na capital.

Em números absolutos, foram 47 mortes de ciclistas, ante 35 registradas em 2013. O dado está no Relatório de Acidentes Fatais de 2014 da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), divulgado nesta quinta-feira, 30.

O crescimento das mortes acontece paralelamente ao avanço do projeto da gestão Fernando Haddad (PT) de instalar 400 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas na cidade. O programa começou em junho do ano passado. Em 2013, terminou com cerca de 150 quilômetros de ciclovias construídos.

"A estatística de 2014 é a segunda menor em dez anos, a contar desde 2005", diz a CET, em nota. Embora o crescimento porcentual tenha sido elevado, a variação do total de mortes - 12 casos - foi menor do que o aumento de 41 casos de mortes de pedestres e de 37 de motociclistas. Mas, como a ocorrência desses casos é bem maior, o aumento porcentual de mortes de pedestres foi de 8% e o de motociclistas, de 9%.

Dos 47 ciclistas mortos no ano passado, 43 eram homens, 16 tinham entre 10 e 19 anos e 12 deles eram estudantes. Além disso, dez vítimas morreram no local do acidente, na hora, 17 no mesmo dia, depois do socorro médico, 15 morreram até um mês após o acidente e 5, depois de um mês de internação.

O relatório detalha que 35 mortes foram ocasionadas por colisões com outros veículos: duas com motocicletas, sete com caminhões, 11 com ônibus e 15 com carros.

A CET argumenta que apenas uma das mortes de ciclistas aconteceu nas recém-construídas ciclovias. Foi um caso de queda, em que o ciclista perdeu o equilíbrio. E que, de agosto a dezembro, com os primeiros quilômetros de novas ciclovias em operação na capital, houve registro de 17 casos - menos da metade. A CET afirma ainda que em 2013 havia tido uma queda atípica no total de acidentes.

Cicloativistas lamentaram o dado do relatório, mas fizeram ressalvas. Leandro Valverdes, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), por exemplo, destaca que era preciso verificar o aumento da frota de bicicletas na cidade. "Como não há um total de bicicletas, não dá para saber se, em relação à frota, houve aumento ou redução de casos", afirmou.

No geral, o Relatório de Acidentes Fatais da CET apontou elevação de 8,4% no total de mortes no trânsito da capital paulista em 2014. Os casos saltaram de 1.115, em 2013, para 1.249 no ano passado. O dado representa a interrupção de uma sequência de quedas nas mortes que vinha desde 2011.

Por isso, a Prefeitura anunciou que vai reduzir a velocidade máxima permitida nas Marginais do Tietê e do Pinheiros de 90 km/h para 70 km/h a partir de junho, depois que a nova sinalização viária estiver instalada. Velocidades menores reduzem tanto a quantidade de acidentes quanto a letalidade dos casos, segundo especialistas.

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São Paulo - O ano de 2014 registrou aumento de 34,3% no número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo . É o maior porcentual de crescimento já registrado na capital.

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O crescimento das mortes acontece paralelamente ao avanço do projeto da gestão Fernando Haddad (PT) de instalar 400 quilômetros de vias exclusivas para ciclistas na cidade. O programa começou em junho do ano passado. Em 2013, terminou com cerca de 150 quilômetros de ciclovias construídos.

"A estatística de 2014 é a segunda menor em dez anos, a contar desde 2005", diz a CET, em nota. Embora o crescimento porcentual tenha sido elevado, a variação do total de mortes - 12 casos - foi menor do que o aumento de 41 casos de mortes de pedestres e de 37 de motociclistas. Mas, como a ocorrência desses casos é bem maior, o aumento porcentual de mortes de pedestres foi de 8% e o de motociclistas, de 9%.

Dos 47 ciclistas mortos no ano passado, 43 eram homens, 16 tinham entre 10 e 19 anos e 12 deles eram estudantes. Além disso, dez vítimas morreram no local do acidente, na hora, 17 no mesmo dia, depois do socorro médico, 15 morreram até um mês após o acidente e 5, depois de um mês de internação.

O relatório detalha que 35 mortes foram ocasionadas por colisões com outros veículos: duas com motocicletas, sete com caminhões, 11 com ônibus e 15 com carros.

A CET argumenta que apenas uma das mortes de ciclistas aconteceu nas recém-construídas ciclovias. Foi um caso de queda, em que o ciclista perdeu o equilíbrio. E que, de agosto a dezembro, com os primeiros quilômetros de novas ciclovias em operação na capital, houve registro de 17 casos - menos da metade. A CET afirma ainda que em 2013 havia tido uma queda atípica no total de acidentes.

Cicloativistas lamentaram o dado do relatório, mas fizeram ressalvas. Leandro Valverdes, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), por exemplo, destaca que era preciso verificar o aumento da frota de bicicletas na cidade. "Como não há um total de bicicletas, não dá para saber se, em relação à frota, houve aumento ou redução de casos", afirmou.

No geral, o Relatório de Acidentes Fatais da CET apontou elevação de 8,4% no total de mortes no trânsito da capital paulista em 2014. Os casos saltaram de 1.115, em 2013, para 1.249 no ano passado. O dado representa a interrupção de uma sequência de quedas nas mortes que vinha desde 2011.

Por isso, a Prefeitura anunciou que vai reduzir a velocidade máxima permitida nas Marginais do Tietê e do Pinheiros de 90 km/h para 70 km/h a partir de junho, depois que a nova sinalização viária estiver instalada. Velocidades menores reduzem tanto a quantidade de acidentes quanto a letalidade dos casos, segundo especialistas.

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