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Correios podem precisar de R$ 8 bi 'extras' após empréstimo de R$ 12 bilhões

O contrato de garantia prevê apoio à companhia dentro da necessidade de captação

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 12h47.

Última atualização em 29 de dezembro de 2025 às 13h03.

Os Correios estudam a necessidade de uma nova operação de crédito, mesmo após a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões para reestruturar a estatal.

Segundo o presidente da empresa, Emmanoel Rondon, o plano de recuperação ainda prevê demanda adicional de R$ 8 bilhões no caixa. O executivo também disse a empresa prevê fechar 20% das agências pelo país.

O plano também deve reavaliar todos os contratos que representam mais de 80% dos custos da estatal hoje.

Em entrevista coletiva nesta segunda-feira, Rondon afirmou que a forma da operação ainda está em análise, podendo ocorrer por meio de novo empréstimo ou aporte da União. “Permanece a necessidade de R$ 8 bilhões. O contrato de garantia prevê apoio à companhia dentro da necessidade de captação, que será prevista a partir de 2026. Ainda não há decisão se haverá aporte”, explicou.

O empréstimo já firmado com cinco bancos — Bradesco, Itaú, Santander, Caixa e Banco do Brasil — conta com garantia da União. A previsão é de desembolso de R$ 10 bilhões em 2025 e os R$ 2 bilhões restantes em 2026.

Essas ações de reestruturação incluem um novo PDV para desligar 15 mil funcionários em 2026 e 2027, venda de imóveis e a reformulação das estruturas de cargos e salários da estatal.

17 sindicatos anunciam paralisação

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares (FENTECT) afirmou que 17 sindicatos filiados rejeitaram a proposta dos Correios e aprovaram uma greve a partir das 22h desta terça-feira, 23.

A paralisação será por tempo indeterminado. Os servidores afirmam que retornarão aos postos de trabalho quando as reivindicações forem atendidas.

Os trabalhadores seguiram a orientação da FENTECT e recusaram o acordo apresentado pela diretoria da estatal durante uma reunião de conciliação mediada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

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