E-mails de Odebrecht indicam proximidade aos governos do PT
A missão presidencial ocorreria no início de 2012. Odebrecht enviou mensagem ao executivo do grupo Luiz Antonio Mamerie
Da Redação
Publicado em 30 de setembro de 2015 às 14h05.
São Paulo - Em e-mail de 14 de dezembro de 2011, o empreiteiro Marcelo Odebrecht trata de uma visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Cuba e ao Haiti.
A missão presidencial ocorreria no início de 2012. Odebrecht enviou mensagem ao executivo do grupo Luiz Antonio Mamerie e a outros dirigentes aos quais diz que "irá se programar" para chegar no dia 30.
O e-mail faz parte de um volumoso arquivo de mensagens eletrônicas copiadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Para os investigadores, o teor de muitos e-mails de Odebrecht - preso desde 19 de junho na Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava Jato - revela como o empreiteiro se aproximou dos governos Lula e Dilma como estratégia de ampliar os negócios do grupo.
Odebrecht resume a viagem internacional de Dilma em "viagem DR Cuba". Segundo a Polícia Federal, "DR" é como o empreiteiro e seus executivos se referem a Dilma Rousseff.
Na ocasião, a petista visitou Cuba, com quem assinou acordos comerciais, e depois o Haiti, onde foi tratar de temas econômicos e da imigração.
Em um dos e-mails, Marcelo Bahia Odebrecht escreveu. "Aproveitem este evento para fazerem algumas coisas acontecer. Entendo que não temos nada no Haiti", recomenda Odebrecht a seus colegas de empresa.
Defesas
Assessoria da presidência:
"Está dentro da normalidade institucional que empresários integrem comitivas de viagens nacionais e internacionais quando a agenda envolve investimentos importantes para a economia. Também é de interesse do País que empresas se internacionalizem e exportem seus serviços. Essa é uma prática usual em todos os países, assim como é comum que integrantes do governo se reúnam com empresários nacionais para ouvir contribuições na definição da agenda econômica internacional."
Odebrecht:
"A Odebrecht esclarece que os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País - nos quais atua, em especial como investidora. A empresa lamenta, no entanto, a divulgação e interpretações equivocadas sobre mensagens sem qualquer relação com o processo em curso."
São Paulo - Em e-mail de 14 de dezembro de 2011, o empreiteiro Marcelo Odebrecht trata de uma visita da presidente Dilma Rousseff (PT) a Cuba e ao Haiti.
A missão presidencial ocorreria no início de 2012. Odebrecht enviou mensagem ao executivo do grupo Luiz Antonio Mamerie e a outros dirigentes aos quais diz que "irá se programar" para chegar no dia 30.
O e-mail faz parte de um volumoso arquivo de mensagens eletrônicas copiadas pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.
Para os investigadores, o teor de muitos e-mails de Odebrecht - preso desde 19 de junho na Operação Erga Omnes, desdobramento da Lava Jato - revela como o empreiteiro se aproximou dos governos Lula e Dilma como estratégia de ampliar os negócios do grupo.
Odebrecht resume a viagem internacional de Dilma em "viagem DR Cuba". Segundo a Polícia Federal, "DR" é como o empreiteiro e seus executivos se referem a Dilma Rousseff.
Na ocasião, a petista visitou Cuba, com quem assinou acordos comerciais, e depois o Haiti, onde foi tratar de temas econômicos e da imigração.
Em um dos e-mails, Marcelo Bahia Odebrecht escreveu. "Aproveitem este evento para fazerem algumas coisas acontecer. Entendo que não temos nada no Haiti", recomenda Odebrecht a seus colegas de empresa.
Defesas
Assessoria da presidência:
"Está dentro da normalidade institucional que empresários integrem comitivas de viagens nacionais e internacionais quando a agenda envolve investimentos importantes para a economia. Também é de interesse do País que empresas se internacionalizem e exportem seus serviços. Essa é uma prática usual em todos os países, assim como é comum que integrantes do governo se reúnam com empresários nacionais para ouvir contribuições na definição da agenda econômica internacional."
Odebrecht:
"A Odebrecht esclarece que os trechos de mensagens eletrônicas divulgados apenas registram uma atuação institucional legítima e natural da empresa e sua participação nos debates de projetos estratégicos para o País - nos quais atua, em especial como investidora. A empresa lamenta, no entanto, a divulgação e interpretações equivocadas sobre mensagens sem qualquer relação com o processo em curso."