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XRP, Solana e Uniswap estão entre maiores altas de criptos em julho; veja ranking

Litecoin e Lido estão entre ativos com os piores desempenhos em mês marcado por lateralidade e leves quedas no mercado

Mercado de criptomoedas enfrenta lateralidade nas últimas semanas (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptomoedas enfrenta lateralidade nas últimas semanas (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 7 de agosto de 2023 às 17h55.

Última atualização em 7 de agosto de 2023 às 18h54.

Apesar de ainda acumular ganhos significativos no acumulado do ano, o mês de julho foi de lateralidade e leves perdas para a maior parte do mercado de criptomoedas. É o que aponta um levantamento produzido pela QR Asset que avaliou o desempenho das 40 maiores criptos do mercado com valor total superior a US$ 1 bilhão.

Theodoro Fleury, gestor da QR Asset, destaca que "julho foi um mês de quedas moderadas para a grande maioria dos criptoativos de maior capitalização de mercado. Os poucos que subiram tiveram altas fortes, mas a grande maioria teve quedas moderadas. O bitcoin caiu 5,60% no mês contra o real, e o ether um pouco menos em comparação, com desvalorização de 5,54%".

O levantamento da QR Asset aponta que a criptomoeda que mais subiu em julho foi o XRP, token da Ripple. A alta, de 45,1%, está ligada à vitória parcial da empresa em um processo aberto pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), segundo Fleury.

"A decisão afastou, pelo menos temporariamente, a ameaça sobre diversos protocolos, ao deixar claro que não considera o token XRP um valor mobiliário", explicou o gestor. A SEC ainda poderá recorrer e o caso pode se estender na Justiça dos EUA, mas, no momento, é uma boa notícia para o setor.

Fleury avalia que a decisão também beneficiou "protocolos mais ameaçados, justamente aqueles nominalmente citados nos processos da SEC contra Coinbase e Binance, foram os que mais se beneficiaram com a notícia e estiveram entre as melhores performances do mês".

Foi o caso da solana, que subiu 23,79%, e do stellar, que valorizou 33,5%. "Além disso, ambos os protocolos foram fundados pela mesma pessoa, Jeb McCaleb, e possuem características similares", pontua Fleury. Fecham o ranking a criptomoeda da Uniswap, que subiu 21,85%, e da Chainlink, que valorizou 17,66%.

De acordo com a QR Asset, a alta da Uniswap ocorreu após o lançamento da nova versão do seu protocolo, no final de junho, que trouxe "diversas inovações em relação à versão anterior" e com novas funcionalidades que "foram bem recebidas pelo mercado e ajudaram a impulsionar o ativo".

Já a cripto da Chainlink valorizou após o protocolo anunciar o "lançamento do tão esperado CCIP, um protocolo para transferência de tokens e dados entre diferentes blockchains. Apesar de ainda estar em desenvolvimento, o protocolo tem características que podem revolucionar a forma como diferentes blockchains interagem, principalmente no que diz respeito à segurança", comenta Fleury.

Maiores quedas de criptomoedas

Entre as maiores quedas, o Bitcoin Cash liderou, com uma perda de 19,77%. Ele foi seguido pela Litecoin (-16,39%), Ethereum Classic (-13,03%), Lido DAO (-11,45%) e VeChain (-6.98). No caso dos três primeiros, Fleury destacou que eles foram os ativos com maiores ganhos em junho, o que leva a uma correção.

No caso da criptomoeda da Lido DAO, Fleury observa que a projeto "sofreu ao ver detentores de longo prazo do ativo venderem cerca de 5% de suas posições nos últimos 20 dias. Um dos motivos pode ser a incerteza em relação ao futuro do protocolo, que, apesar de amplamente dominante no setor, vê dificuldades em manter o seu market share".

Já no caso da VeChain, o gestor da QR Asset explica que o protocolo "tem por objetivo registrar ações ESG e de Supply chain em blockchain. Porém, o protocolo tem tido dificuldades para atingir trações e métricas crescentes de usuários".

"A criptomoeda tem sofrido grande força de vendedores e tem tido um baixíssimo volume de negociação, o que vem assustando investidores, principalmente por ser um protocolo avaliado em mais de US$ 1,5 bilhao. A queda do volume começou principalmente em 2022 e tem se mantido no ano de 2023, sem nenhuma perspectiva de melhorias em seus fundamentos ou dados de utilização", diz Fleury.

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