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Warren Buffett critica bitcoin e diz que ativo é "token para apostas"

Bilionário famoso por ter feito fortuna no mundo dos investimentos já havia criticado a criptomoeda anteriormente

Warren Buffett tem feito críticas ao bitcoin desde 2018 (by Monica Schipper/WireImage)/Getty Images)

Warren Buffett tem feito críticas ao bitcoin desde 2018 (by Monica Schipper/WireImage)/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 12 de abril de 2023 às 16h45.

Última atualização em 13 de abril de 2023 às 09h13.

O bilionário Warren Buffett é famoso por ter se tornado uma das pessoas mais ricas do mundo e feito fortuna atuando no mundo dos investimentos, em especial o mercado de ações. Mas ele segue cético em relação a um ativo que tem se tornado cada vez mais popular e valioso: o bitcoin. Nesta semana, o magnata realizou novas críticas à criptomoeda.

Em uma entrevista ao canal de televisão americano CNBC nesta quarta-feira, 12, Buffett se referiu ao ativo como um "token para fazer apostas". Ele disse ainda que a criptomoeda "não possui nenhum valor intrínseco, mas isso não impede as pessoas de querer jogar roleta russa com ela".

Buffett disse ainda que "a necessidade de participar de algo que parece ser dinheiro fácil é um instinto humano que sempre existiu", incluindo o bitcoin nessa categoria de investimento. Ele critica a criptomoeda desde 2018, quando se referiu ao ativo como "veneno de rato".

E o bilionário é o único executivo da empresa de investimentos Berkshire Hathaway que critica a maior criptomoeda do mercado. O vice-presidente da empresa, Charlie Munger, também escreveu um artigo de opinião recente no "Wall Street Journal" falando sobre o ativo.

Para ele, o bitcoin "é um contrato de apostas, com uma vantagem de quase 100% para a casa, operando em um país [os Estados Unidos] onde os contratos de jogos são tradicionalmente regulados apenas por estados que competem em sua frouxidão. Os EUA deveriam agora promulgar uma nova lei federal que impeça que isso aconteça".

Munger ainda classificou as criptomoedas como "criptofezes” e disse que acredita que os entusiastas da tecnologia são “idiotas”, o que gerou uma série de discussões na internet e críticas por parte de especialistas no mercado cripto, sua tecnologia e aplicações.

Reação dos defensores do bitcoin

“Quer saber por que Warren Buffett e Charlie Munger falam mal do bitcoin? Porque eles possuem uma empresa de investimentos chamada Berkshire Hathaway. O bitcoin superou a Berkshire Hathaway significativamente em performance desde o início e provavelmente continuará a fazê-lo nos próximos dez anos”, publicou o perfil Crypto Tea no Twitter.

O bilionário Michael Saylor, por outro lado, acredita que a posição de Munger sobre as criptomoedas envolva a sua idade e o contexto em que viveu seus 99 anos. “Charlie Munger é da ‘elite ocidental’ e não teve tempo para estudar o bitcoin. Se ele fosse um líder empresarial da América do Sul, África ou Ásia e passasse 100 horas estudando o problema, seria mais otimista com o bitcoin do que eu”, disse.

Michael Saylor é fundador da MicroStrategy, empresa listada em bolsa que mais investe no bitcoin. Em 2022, ele deixou o cargo de CEO para focar seus esforços no investimento na criptomoeda. Apesar de ter se tornado um de seus maiores entusiastas, Saylor também foi crítico das criptomoedas em 2013, quando disse que “os dias do bitcoin estavam contados”, mas posteriormente mudou sua postura.

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