Future of Money

Tether chega na América Latina com criptomoeda lastreada em Peso Mexicano

O México foi o país escolhido pela empresa responsável pela maior stablecoin do mundo para a criação de uma nova moeda: a MXNT

Tether pretende facilitar transações em peso mexicano com a tecnologia blockchain (Andrew Hasson / Colaborador/Getty Images)

Tether pretende facilitar transações em peso mexicano com a tecnologia blockchain (Andrew Hasson / Colaborador/Getty Images)

A Tether, empresa responsável pela maior criptomoeda de valor estável do mundo, está lançando uma nova moeda como parte de sua expansão na América Latina. A MXNT será uma stablecoin lastreada no peso mexicano.

Além da MXNT, a Tether possui outras três criptomoedas cujo valor acompanha moedas fiduciárias: a USDT, que acompanha o dólar norte-americano, o EURT, do euro, e o CNHT, do iuane chinês.

A USDT é a maior criptomoeda de valor estável do mundo, com mais de US$ 73 bilhões em capitalização. Para fazer com que seu preço acompanhe sempre o valor do dólar, a Tether investe em reservas da moeda.

De acordo com dados da Triple A, uma empresa de pagamento de criptomoedas, 40% das empresas mexicanas estão procurando adotar a blockchain e as criptomoedas de alguma forma. Dados como este despertaram o interesse da empresa no país, que marca a entrada da Tether na América Latina.

"Temos visto um aumento no uso de criptomoedas na América Latina durante o último ano, o que tornou evidente que precisamos expandir nossas ofertas", disse Paolo Ardoino, CTO da Tether.

A empresa enxerga potencial no México para se tornar o próximo polo das criptomoedas na região, e pretende oferecer uma opção mais rápida e menos onerosa para as transferências de ativos.

"A introdução de uma stablecoin fixada no peso mexicano vai proporcionar uma reserva de valor para os mercados emergentes e, em particular, no México. A MXNT pode minimizar a volatilidade para aqueles que buscam converter seus ativos e investimentos de moedas fiduciárias para moedas digitais", destacou Ardoino.

(Mynt/Divulgação)

Conhecidas como stablecoins, as criptomoedas de valor estável fazem sucesso por combinar os benefícios da moedas digitais, como transações globais instantâneas, com os benefícios da moeda tradicional, como a estabilidade de preço.

Levando em consideração que transferências instantâneas de dinheiro como o Pix ainda não foram desenvolvidas em outros países, as criptomoedas deste gênero desempenham um papel importante na facilitação de transações, principalmente entre pessoas de países diferentes.

Apesar das stablecoins terem virado assunto no mundo todo após a queda da UST, do ecossistema Terra, as diferenças entre os projetos da Tether e da Terraform Labs são significativos. Em meio às polêmicas causadas pela UST, a Tether se pronunciou:

“Embora a UST seja chamada de stablecoin, não tem nada em comum com stablecoins colateralizadas como Tether USDT. UST é uma stablecoin algorítmica”, afirmou a empresa responsável pela USDT em uma publicação. “Desde 2015, a Tether nunca deixou de processar uma solicitação de resgate de USDT no valor de US$ 1 por token”.

De acordo com o comunicado da Tether, o lançamento da MXNT “proporcionará um campo de testes para a entrada de novos usuários no mercado latinoamericano e abrirá caminho para o lançamento de futuras moedas lastreadas na região”.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | Tik Tok

Acompanhe tudo sobre:CriptoativosCriptomoedasMéxico

Mais de Future of Money

Trump escolhe ex-jogador de futebol americano Bo Hines como diretor de "conselho de cripto"

Bitcoin tem pior semana desde a eleição de Donald Trump

Perspectivas para as inovações financeiras e o segmento fintech em 2025

Como o Brasil se tornou líder no mercado de criptomoedas na América Latina?