Future of Money

Stablecoin USDC mantém relevância no mercado após crise com Silicon Valley Bank

Criptomoeda chegou a perder paridade com o dólar após falência de banco, mas recuperou relação com o ativo

USDC é uma das mais famosas criptomoedas pareadas ao dólar (Reprodução/Reprodução)

USDC é uma das mais famosas criptomoedas pareadas ao dólar (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 31 de março de 2023 às 15h35.

Última atualização em 31 de março de 2023 às 17h13.

A stablecoin USDC, uma das mais famosas criptomoedas pareadas ao dólar do mercado, passou em março por uma forte crise. Graças à falência do Silicon Valley Bank, o ativo chegou a perder sua paridade com a moeda americana, mas dados apontam que ela conseguiu se recuperar do episódio.

O analista Riyad Carey reuniu dados sobre a situação da USDC na corretora descentralizada de criptomoedas 3pool, a mais importante do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi, na sigla em inglês) Curve. Ao todo, a corretora soma mais de US$ 440 milhões em ativos.

Os dados reunidos por Carey mostraram que a perda de paridade da USDC afetou não apenas ela, mas outras criptomoedas pareadas ao dólar, caso do DAI. Com isso, houve uma fuga de investidores para outras stablecoins consideradas mais seguras, com destaque para o tether (USDT), a maior do mercado.

O movimento chegou a reduzir a liquidez da corretora, que precisou processar diversos pedidos de negociação. Mais de 20 dias após o episódio, porém, a USDC voltou a ganhar espaço entre investidores, e agora representa 36% do total de liquidez da exchange. A DAI responder por 37%, e a USDT, por 27%.

Em entrevista ao site CoinDesk, Carey avaliou que "apesar da USDC ter tido fluxos fortes de venda, parece que a maré está começando a virar no ambiente de DeFi. A 3pool está ficando mais equilibrada, um sinal de que o medo em torno da USDC e da DAI começou a diminuir".

Outro analista, Andrew Thurman, usou dados da Nansen para informar que a USDC segue como a stablecoin dominante no ambiente de DeFi, sendo a mais usada como par de negociação com outras criptomoedas e com compradores importantes, como protocolos descentralizados.

É o caso da própria DAI, cuja maior parte das reservas continuou a ser mantida em USDC após uma votação dos integrantes do protocolo descentralizado responsável pelo projeto, a MakerDAO. Thurman acredita que "a hegemonia da USDC caiu um pouco, cedendo espaço para o tether, mas ela continua sendo a maior e sistematicamente importante".

Crise da USDC

Após o anúncio de fechamento do Silicion Valley Bank, a Circle, que emite a USDC, revelou que tinha US$ 3,3 bilhões no banco em reservas que garantem a paridade da criptomoeda com o dólar. A informação gerou pânico no mercado e levou à saída de investidores.

O movimento resultou em uma perda temporária da paridade da USDC em relação ao dólar. No sábado, 11, a stablecoin chegou a valer US$ 0,87. Entretanto, no dia seguinte ela já iniciou um movimento de recuperação após os reguladores dos Estados Unidos anunciarem um plano que permitiu que os clientes do bancos acessassem seus depósitos, recuperando a paridade e a mantendo até o momento.

Sabia que você pode investir em USDC, bitcoin, ether e muitas outras moedas digitais direto no app da Mynt? Comece com R$ 100 e com a segurança de uma empresa BTG Pactual. Clique aqui para abrir sua conta gratuitamente.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube | Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:CriptomoedasCriptoativosSilicon Valley Bank (SVB)DeFi

Mais de Future of Money

Temporada de altcoins à vista? Entenda se as criptomoedas alternativas ao bitcoin podem subir

Tokenização no setor de energia: a otimização da distribuição por meio de smart contracts

Aave: como o maior banco descentralizado pode transformar o mercado financeiro

Drex: o que muda no dia a dia dos brasileiros com o real digital?