Future of Money

Reservas de bitcoins em corretoras cripto atingem menor nível desde 2022

Métrica chama a atenção do mercado por indicar possível foco no longo prazo entre investidores, mas também gera volatilidade

Bitcoin enfrenta cenário incerto no curto prazo (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin enfrenta cenário incerto no curto prazo (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 15h22.

Dados divulgados nesta semana pela empresa de análises CryptoQuant aponta que o nível de reservas de bitcoin atualmente disponíveis em corretoras de criptomoedas é o menor desde 2022. A métrica costuma ser monitorada pelo mercado pois indica comportamentos de investidores.

Os dados reunidos pela empresa indicam que, atualmente, todas as exchanges do mercado possuem cerca de 2,8 milhões de unidades do ativo em suas reservas. Em 2022, essa métrica chegou a superar a casa dos 3 milhões de unidades ao longo de quase todo o ano.

Desde janeiro de 2023, porém, as reservas das corretoras têm caído, chegando a registrar uma breve recuperação e estabilidade ao longo do segundo semestre do ano passado. Nos primeiros meses de 2024, porém, as reservas voltaram a cair significativamente.

Nas últimas semanas, as reservas chegaram a esboçar uma recuperação, voltando a subir, mas analistas atribuíram o movimento as vendas de bitcoin realizadas pelo governo da Alemanha e aos pagamentos feitos pela corretora falida Mt. Gox para seus antigos clientes, após 10 anos de espera.

Ou seja, a alta foi gerada por eventos pontuais, e por isso a retomada da queda nas reservas coincide com o fim das vendas pelo governo alemão. Ao site Decrypt, analistas da empresa Bitfinex afirmaram que as reservas tendem a ter uma correlação com o total de ativos de investidores disponíveis para compra e venda.

"Olhando para o gráfico, podemos ver que as reservas à vista de bitcoin estão diminuindo constantemente. Isso pode significar que os investidores acreditam que um fundo está à vista e estão procurando armazenar suas moedas para mantê-las no longo prazo", dizem os analistas.

Já Adam Berker, analista da empresa Mercuryo, destacou ao Decrypt que "quando a quantidade de cripto nas corretoras diminui, isso sugere que as pessoas estão menos inclinadas a vender. Em vez disso, eles transferem seus bitcoins para carteiras frias e carteiras de custódia e os mantêm em armazenamento de longo prazo".

Apesar da métrica, portanto, indicar uma crença em valorizações futuras do ativo, ela também reduz a liquidez e a oferta efetiva da criptomoeda nas corretoras, o que pode aumentar a vulnerabilidade do preço do bitcoin a movimentos repentinos de venda e compra, aumentando a volatilidade do ativo.

Siga o Future of Money nas redes sociais: Instagram | Twitter | YouTube Telegram | TikTok

Acompanhe tudo sobre:BitcoinCriptomoedasCriptoativos

Mais de Future of Money

Nobel de Economia, Paul Krugman diz que bitcoin é "economicamente inútil"

CEO do Goldman Sachs diz que bitcoin pode ser 'reserva de valor legítima'

Donald Trump lança "tênis do bitcoin" com preço de R$ 2,5 mil; unidades já esgotaram

Cortes na taxa de juros dos EUA são “questão de tempo” e criptomoedas terão movimento de alta

Mais na Exame