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Projeto premiado de tokenização vira startup e quer imovéis no blockchain

Com o apoio de grandes nomes do setor, como Tropix e Housi, a Insignia pretende democratizar o acesso ao mercado imobiliário a partir da tokenização de ativos e NFTs

A startup surgiu após o prêmio Real State Tokenization Challenge em 2021 (Waitforlight/Getty Images)

A startup surgiu após o prêmio Real State Tokenization Challenge em 2021 (Waitforlight/Getty Images)

Um dos segmentos mais disruptivos do mercado imobiliário, a tokenização de ativos - ou seja, transformá-los em tokens em blockchain - assume papel importante em temas essenciais, como liquidez, segurança e inovação. A estimativa é que somente a tokenização imobiliária (de ativos relacionados a este mercado) atinja 1,5 trilhão de dólares movimentados até 2026, e é neste mercado que a Insignia pretende trabalhar. O objetivo principal da startup é democratizar o acesso ao mercado imobiliário, tanto para incorporadoras, quanto para potenciais consumidores.

Criada pelos vencedores do prêmio Real State Tokenization Challenge 2021 em parceria com Daniel Chor, CEO da Tropix, e Alexandre Frankel, CEO da Housi, a empresa vai tokenizar e distribuir ativos imobiliários, posteriormente transformando seus tokens em colecionáveis digitais através do uso de NFTs. O Real State Tokenization Challenge 2021 reuniu profissionais do mercado imobiliário e especialistas em blockchain de todo o mundo para desenvolver e executar a tokenização de ativos reais, impulsionando a sua adoção no setor.

O evento foi o pontapé inicial para o surgimento da Insignia. “Simplesmente não podíamos perder a chance de criar algo realmente significativo e impactante para esse mercado", comentou Fred Biscaia, co-CEO da Insignia, sobre a motivação que os levou a criar a startup.

Com o apoio de Rubens Neistein, que representou a Fibree do Brasil, uma das organizadoras do prêmio, grandes nomes se juntaram ao projeto. Um exemplo é a Pixway, empresa do mesmo grupo da Tropix, que, segundo Daniel Chor, servirá como a “ferramenta tecnológica para que empresas e pessoas possam mergulhar no universo de benefícios e vantagens que os NFTs oferecem”. Chor ainda apontou que ver isso acontecendo antes mesmo do que esperava é um sinal de que cada vez mais, as população entende a tecnologia e o que a Web 3.0 representa.

Outro nome de peso envolvido com a Insignia é Bernardo Schucman, cientista de dados e empresário que foi o maior minerador de bitcoin do Brasil, veterano da tecnologia blockchain e um dos criadores do protocolo no qual se baseia a plataforma de comunicação Google Meets. "Conhecemos todo o time da Insignia e enxergamos neles um grande potencial para expandir ainda mais a nossa atuação, nos aliando a uma equipe bastante capacitada e com as habilidades necessárias para levar adiante um projeto de tamanha dimensão", comentou.

O primeiro investidor da startup foi Alexandre Frankel, CEO da Housi, empresa que oferece a locação de apartamentos de forma 100% digital e sem burocracias. “Acreditamos que a moradia está em grande transformação. Todos querem liberdade e tempo. As pessoas estão trocando a compra, o endividamento e a burocracia por modelos muito mais flexíveis e práticos. Abre-se uma grande oportunidade para compra de unidades residenciais para atender esta demanda.  A tokenização de ativos imobiliários permite o fracionamento e a desburocratização dos processos. Em resumo, mais gente terá acesso ao mercado imobiliário de forma muito mais eficiente e barata", comentou Frankel, que afirmou ter visto na Insignia o potencial de fazer com que ambas as empresas liderem este movimento em grande escala por toda a rede nacional de edifícios residenciais da Housi.

Agora que captou seu primeiro investimento, a Insignia tem planos ambiciosos, como o desenvolvimento de um marketplace para a comercialização de tokens e a criação de um ecossistema grande o suficiente para abrigar corretoras descentralizadas (DEXs). No entanto, a intenção é ir por partes, validando hipóteses junto a potenciais parceiros e clientes.

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