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Open Finance entra em quarta fase após chegar a 27 milhões de clientes

Iniciativa do Banco Central voltada para o compartilhamento de dados entre instituições financeiras foi lançado para a população em 2022

ncept, Digital design for Business finance investment and technology advertising, Quantum Computer concept (Getty Images/Reprodução)

ncept, Digital design for Business finance investment and technology advertising, Quantum Computer concept (Getty Images/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Editor do Future of Money

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 14h27.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou nesta quarta-feira, 4, que o Open Finance entrou oficialmente na sua quarta fase de implementação pelas instituições financeiras do Brasil. Ao mesmo tempo, o projeto chegou à marca de 27 milhões de clientes.

Segundo a federação, a quarta fase da iniciativa de compartilhamento de dados entre instituições financeiras permitirá que os clientes autorizem "instituições, em que o cliente ainda não tem relacionamento, a ter acesso a investimentos na sua instituição financeira, como CDB, Tesouro Direto, fundos de investimento e ações".

"A partir daí, os participantes poderão ofertar melhores condições e retornos financeiros para o consumidor. A partir do ano que vem, a 4ª fase prevê o compartilhamento de dados sobre câmbio, credenciamento (abrir informações das maquininhas de cartões), seguro, previdência e capitalização", explica a Febraban.

Carolina Sansão, que é diretora adjunta de Inovação, Tecnologia e Cibersegurança da Febraban, destacou que a quarta fase do Open Finance e outras iniciativas que ainda serão anunciadas vão "gerar competitividade no mercado, novas oportunidades de negócio para os participantes e melhores serviços e produtos para nossos clientes".

"O Open Finance, que está em constante evolução, vai ganhando tração à medida em que o cliente veja vantagens em usá-lo", avaliou.  Ela ressaltou ainda a atuação do Banco Central, que lançou o projeto em 2022 e tem acompanhado " bem de perto as iniciativas e tem tido um papel muito ativo na garantia da evolução do ecossistema e no endereçamento de desafios técnicos".

Fases anteriores do Open Finance

Antes de ser rebatizado em 2022, o Open Finance se chamava Open Banking, iniciado em 2021 mas ainda com um escopo e objetivos menores que os atuais. A primeira fase envolveu o compartilhamento de informações sobre os canais de atendimento entre os bancos, incluindo incluindo características de produtos e serviços oferecidos.

Já na segunda fase, as instituições começaram a trocar informações de cadastro dos clientes, incluindo endereço, renda e dados pessoais, assim como dados de contas referentes a movimentações e operações de empréstimos e com cartões de crédito.

Na terceira fase, os clientes ganharam a opção de iniciar pagamentos de contas e transferências bancárias sem usar o internet banking ou o aplicativo de cada banco, graças ao uso de aplicativos intermediários.

"O trabalho realizado até o momento está dentro do esperado pelos bancos, dada a complexidade do projeto, que passou por ajustes em seu calendário, necessários dentro de uma infraestrutura dessa magnitude e em execuções dessa dimensão", observa Carolina Sansão. A expectativa, agora, é que a quarta fase traga "mais complexidade" ao projeto.

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Avanço no Brasil

A participação no compartilhamento de dados do Open Finance ocorre apenas após o consentimento de cada instituição financeira participante. Na avaliação da Febraban, os bancos têm conseguido superar resistências iniciais ao compartilhamento, o que se reflete nos números: no momento, são 40 milhões de consentimentos ativos.

Apenas entre janeiro e setembro desse ano, o número de clientes do Open Finance aumentou 93%, enquanto os consentimentos ativos cresceram 90%. A projeção atual da Febraban, baseada em um estudo da consultoria Oliver Wyman, é que o Brasil deve chegar a 60 milhões e usuários até 2025.

No momento, o projeto conta com mais de 800 instituições financeiras cadastradas como participantes, incluindo bancos, cooperativas de crédito, fintechs e instituições iniciadores de transações de pagamentos.

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