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MicroStrategy ignora queda do bitcoin e investe mais R$ 1,4 bilhão na criptomoeda

Empresa realizou décima compra semanal consecutiva da criptomoeda e reforça posição de maior detentora institucional do ativo

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 12h02.

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A MicroStrategy anunciou nesta segunda-feira, 13, que realizou uma nova compra de bitcoin. Ao todo, a empresa investiu US$ 243 milhões (R$ 1,48 bilhão, na cotação atual) na criptomoeda, concluindo a décima compra semanal consecutiva do ativo e chegando a 450 mil unidades adquiridas.

De acordo com informações divulgadas pela empresa, o preço médio por unidade adquirida foi de US$ 95.972, com as compras ocorrendo entre os dias 6 e 12 de janeiro. Ao todo, foram compras 2.530 unidades da criptomoeda, reforçando a posição da MicroStrategy como maior detentora institucional do ativo.

Ao todo, as reservas de bitcoin da empresa são avaliadas em cerca de US$ 40 bilhões. A MicroStrategy já desembolsou US$ 28,2 bilhões com a compra, representando portanto um lucro de pouco mais de US$ 12 bilhões com a estratégia, que teve início no ano de 2020 e ganhou ainda mais força em 2024.

Com a nova compra, a empresa também reverteu a tendência de adquirir valores menores de bitcoin. A empresa estava reduzindo semanalmente a quantidade adquirida, reportando na semana passada US$ 101 milhões investidos e US$ 209 milhões na semana anterior.

Além disso, as aquisições ocorrem apesar de um movimento de queda no mercado de criptomoedas neste início de 2025. O bitcoin e outros ativos têm sido prejudicados principalmente por uma revisão de expectativas de investidores sobre a política monetária dos Estados Unidos.

A projeção, agora, é que o Federal Reserve realizará menos cortes na taxa de juros do país do que o inicialmente projetado. O novo cenário tende a prejudicar principalmente ativos vistos como mais arriscados, caso das criptomoedas, resultando na nova queda observada.

Mesmo assim, a MicroStrategy segue apostando no potencial de alta do bitcoin no longo prazo. A empresa adotou a criptomoeda como uma reserva de valor em seu patrimônio e tem atraído investidores que enxergam as ações da companhia como um canal de exposição indireta ao ativo.

Na semana passada, a empresa anunciou também que quer reunir cerca de S$ 2 bilhões (mais de R$ 12 bilhões, na cotação atual) por meio de uma nova emissão de ações. Parte do valor deverá ser destinada para aquisições futuras da criptomoeda.

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