Repórter do Future of Money
Publicado em 16 de dezembro de 2024 às 18h27.
A Sol Strategies anunciou neste mês que pretende ingressar na bolsa de Nasdaq, que concentra ações de empresas de tecnologia nos Estados Unidos. A companhia é considerada uma espécie de "MicroStrategy da Solana", já que trocou seus investimentos em bitcoin por compras de SOL, a criptomoeda nativa do blockchain.
A decisão ocorre após as ações da companhia negociadas na Bolsa de Valores do Canadá acumularem uma alta de 2.336% apenas entre os meses de julho e dezembro deste ano. Agora, a companhia acredita que pode atrair mais capital e investidores ao entrar na bolsa norte-americana.
Em entrevista ao site The Block, Leah Wald, atual CEO da empresa, comentou que "manter uma listagem dupla [nos Estados Unidos e no Canadá] nos permite aumentar a liquidez e garantir que nossas ações se mantenham acessíveis para investidores em múltiplos mercados".
A estratégia também busca "permitir uma capitalização em cima das oportunidades de investimento no ecossistema da Solana conforme elas ganham evidência, garantindo também que a gente consiga cobrir as despesas operacionais sem liquidar ativos de longo prazo".
Inicialmente conhecida como Cypherpunk Holdings, a empresa ficou famosa por ser uma das primeiras companhias com ações negociadas em uma bolsa de valores a adquirir unidades de bitcoin como forma de oferecer uma exposição indireta ao ativo para investidores interessados.
Anos depois, porém, a empresa avaliou que o mercado já contava com muitas formas de investir em bitcoin e decidiu migrar para outro projeto, a Solana. Desde então, ela vendeu boa parte das centenas de unidades de bitcoin que possuía e começou a comprar unidades de SOL.
As informações mais recentes divulgadas pela companhia indicam que ela soma quase 1 milhão de unidades de SOL, equivalentes a pouco mais de US$ 300 milhões. E o objetivo é continuar comprando unidades e expandir essas reservas.
Por causa disso, a empresa ficou conhecida como a "MicroStrategy da Solana", em referência à MicroStrategy, a maior detentora institucional do bitcoin e que compra unidades do ativo desde 2020, atraindo investidores ao se tornar referência pela ligação com a criptomoeda.