Repórter do Future of Money
Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 12h00.
Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 12h20.
A MicroStrategy revelou nesta segunda-feira, 9, que realizou uma nova aquisição de bitcoins. Ao todo, a empresa investiu cerca de US$ 2,1 bilhões (R$ 12,68 bilhões, na cotação atual) com a operação. Agora, a companhia soma mais de 423 mil unidades da criptomoeda em suas reservas.
A compra foi anunciada por Michael Saylor, ex-CEO e atual presidente do conselho da empresa, por meio de uma publicação no X, antigo Twitter. Ele informou que a aquisição teve um preço médio de US$ 98.783 por unidade adquirida, totalizando as 21,55 mil unidades compradas.
O valor médio indica que as aquisições ocorreram ao longo das últimas duas semanas, quando o bitcoin ultrapassou a casa dos US$ 100 mil pela primeira vez antes de devolver parte dos ganhos e operar em uma faixa de preço acima dos US$ 97 mil.
Com as aquisições, a MicroStrategy soma agora 423,65 mil unidades da criptomoeda, mantendo sua posição como a maior detentora institucional do ativo. O montante equivale a mais de US$ 41,9 bilhões, considerando a cotação atual da moeda digital.
As reservas de bitcoin da companhia superaram a casa dos US$ 40 bilhões pela primeira vez. Saylor informou ainda que a MicroStrategy já gastou US$ 25,6 bilhões com as aquisições, indicando um lucro potencial de mais de US$ 16 bilhões com a estratégia.
Ao mesmo tempo, a decisão da empresa de continuar comprando unidades da criptomoeda mesmo durante um ciclo de alta de preços fez com que o custo médio das aquisições subisse a cada nova compra. No momento, ele está na casa dos US$ 60 mil por unidade, ainda distante de sinalizar um prejuízo com a operação.
Saylor informou que a MicroStrategy acumula uma lucratividade de 43,2% no quarto trimestre deste ano e de 68,7% em todo o ano de 2024 com as aquisições. Entretanto, a empresa não deu sinais de que vai vender parte das criptomoedas para realizar lucros.
O bitcoin foi adotado pela MicroStrategy como uma reserva de valor em seus balanços em 2020. De lá para cá, a empresa tem utilizado o ativo como uma reserva de valor em seus balanços. O movimento rendeu críticas e dúvidas inicialmente, mas acabou se confirmando até o momento como um acerto da companhia.