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Mercado, transporte e streaming lideram gastos com cartões de criptomoedas no Brasil

Dados da corretora de criptomoedas Binance mostram que criptomoedas são usadas para pagamentos no cotidiano dos investidores

Cartão de crédito surge como alternativa para usar criptomoedas em pagamentos (Reprodução/Reprodução)

Cartão de crédito surge como alternativa para usar criptomoedas em pagamentos (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 12 de junho de 2023 às 18h12.

Última atualização em 13 de junho de 2023 às 10h59.

As criptomoedas têm sido cada vez mais usadas como uma forma de pagamento, principalmente com o lançamento de cartões de crédito integrados a corretoras e contas. A Binance, que oferece o produto no Brasil, divulgou dados que mostram quais áreas atraem mais pagamentos de investidors com cripto.

De acordo com um levantamento da exchange, os supermercados e pequenos mercados lideram entre os locais de uso do Binance Card - que foi lançado no Brasil entre o fim de 2022 e o início de 2023. Em segundo lugar estão os aplicativos de transporte, como o Uber, e em terceiro, o uso para pagamento de assinaturas de serviços de streaming. Juntos, esses três tipos de gastos "representam uma grande parcela das compras feitas com o cartão cripto", afirma a empresa.

Os dados da corretora mostram que os usuários também usam o cartão de crédito com criptomoedas para pagamentos em cafés e restaurantes, destacando o uso para compras do cotidiano e no varejo. Segundo a binnace, o Brasil já é um dos cinco maiores mercados do Binance Card, que soma mais de 2 milhões de usuários no mundo.

Além do lançamento no Brasil, o cartão da Binance também chegou aos clientes da Argentina e na Colômbia. No primeiro país, ele é usado principalmente em lojas de varejo, seguidas por mercados, cafés e restaurantes, além de uso para pagamentos digitais. Já na Colômbia, o local com mais uso são grandes lojas de varejo, seguidas por serviços de transporte e cafés e restaurantes.

Guilherme Nazar, diretor-geral da Binance no Brasil, destaca que o cartão de crédito consegue "conectar as criptomoedas e o mercado financeiro tradicional, e traz as criptomoedas para o dia-a-dia do usuário: comprar pão na padaria, pagar o jantar com os amigos ou a corrida de carro".

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Planos da Binance para o Brasil

Em entrevista para a EXAME em março, Nazar destacou uma série de "particularidades positivas" do Brasil que, em sua visão, podem ajudar a aumentar ainda mais a adoção de criptomoedas pela população. Atualmente, o país está entre os sete maiores do mundo nesse quesito. Além da "visão construtiva" do BC sobre o tema, ele cita elementos como uma população "com mais smartphones que pessoas e aberta à adoção de novas tecnologias", além de um "mercado enorme em números absolutos".

Isso não significa, porém, que a adoção a criptos no Brasil não esbarre em desafios. Mas Nazar acredita que, no geral, eles acabam sendo semelhantes aos de outros países "educação, conhecimento e utilidade". Esses pontos têm sido alvo de ações da Binance em todo o mundo, inclusive no mercado brasileiro. Do ponto de vista da utilidade, a iniciativa mais recente foi o lançamento de um cartão de crédito que permite pagamentos em cripto, lançado em janeiro.

Nazar classificou o lançamento como "suave", com uma recepção grande de clientes que já colocou o Brasil como um dos cinco principais mercados da corretora de criptomoedas para o produto. O diretor da exchange acredita que o resultado "mostra o match entre o potencial do mercado brasileiro com a solução que a Binance está trazendo". Além dela, outras corretoras também já trouxeram esse tipo de serviço para o Brasil, indicando o interesse do setor.

O responsável pela Binance no Brasil aponta ainda que os dados da corretora mostraram que o cartão é eficiente tanto para clientes antigos da corretora, que passam a ter acesso a um produto que dá utilidade para criptomoedas, quanto novos interessados, que acabam tendo o cartão como um "primeiro produto". Nesse sentido, ele vê o cartão como algo que "conecta a indústria financeira tradicional com a de cripto".

"É algo que ajuda na educação e na adoção. A utilidade é algo que tangibiliza, desmistifica cripto. Cripto é para todos, é preciso trazer para o dia a dia das pessoas. 50% do volume de pagamentos no cartão hoje é em varejo do dia a dia, como restaurante, supermercado", diz Nazar.

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