Gestora prevê que mercado de stablecoins vai valer US$ 3 trilhões até 2028
Bernstein projeta que novas criptomoedas pareadas a outros ativos serão emitidas por grandes empresas do mercado financeiro
Redação Exame
Publicado em 9 de agosto de 2023 às 14h37.
As stablecoins , criptomoedas que são pareadas a outros ativos, se tornaram uma grande tendência no mercado cripto, e a Bernstein aposta que esse crescimento vai se intensificar. Um relatório da gestora, que possui US$ 779 bilhões sob gestão, projeta que esse setorvai valer quase US$ 3 trilhões até o fim de 2028.
A gestora explica que, atualmente, esse segmento possui uma capitalização total de cerca de US$ 125 bilhões, mas com potencial para superar a marca dos US$ 2,8 trilhões nos próximos cinco anos. Para isso ocorrer, porém, alguns fatores precisarão se concretizar.
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O principal seria uma maior integração de plataformas para consumidores e a emissão de novas stablecoins por instituições financeiras tradicionais, o que permitiria atrair mais usuários e expandir a distribuição desses ativos "para além das plataformas de criptomoedas nativas".
"Esperamos que as principais plataformas globais financeiras e de consumo emitam stablecoins de marca conjunta para potencializar a troca de valor em suas plataformas", diz a Bernstein no relatório. Caso isso ocorra, o potencial de adoção resultaria no forte crescimento desse mercado.
Stablecoins chegam ao mercado tradicional
E os últimos meses parecem corroborar com a previsão da Bernstein. Nesta semana, a PayPayl - uma das principais empresas do mundo na área de pagamentos digitais - anunciou o lançamento da sua stablecoin própria pareada ao dólar, o PayPal USD. Por enquanto, ele será oferecido apenas para clientes nos Estados Unidos, mas busca facilitar o uso da moeda.
Já no Brasil, o BTG Pactual se tornou no primeiro semestre o primeiro banco tradicional a lançar a sua própria stablecoin pareada ao dólar, o BTG Dol . A criptomoeda já está disponível para clientes e busca facilitar tanto uma exposição ao dólar como ativo de proteção quanto forma de investimento e diversificação de carteira.
Na América Latina, as stablecoins ganharam espaço em diversos países como uma alternativa de acesso a moedas mais fortes, em especial o dólar, diante de cenários de inflação alta. É o caso da Argentina e da Venezuela, onde esses ativos crescem cada vez mais. No Brasil, as stablecoins são responsáveis por mais de dois terços de todo o volume de criptomoedas negociado mensalmente.
As stablecoins mais famosas no mercado são pareadas ao dólar. Isso significa que uma unidade do ativo sempre vai corresponder a US$ 1. Para isso, é necessário que o emissor desse ativo tenha uma série de reservas que garantam a paridade, o que torna essa garantia de reservas especialmente importante nessa modalidade de investimento.
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